Setembro amarelo: entenda a importância fundamental da campanha

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Índice

Setembro Amarelo é uma campanha essencial que acontece todos os anos para conscientizar sobre a prevenção ao suicídio. Durante esse mês, os esforços são direcionados a divulgar conhecimento sobre os transtornos mentais e destacar a importância de dar suporte para quem está em risco. 

Neste post, vamos entender um pouco mais sobre o comportamento suicida, suas variações e porquê devemos contribuir ao máximo para que campanhas como o Setembro Amarelo tenham o alcance necessário. 

Transtornos mentais e suicídio

Os transtornos mentais desempenham um papel significativo no risco de suicídio. Estima-se que cerca de 90% dos casos de suicídio estejam associados a transtornos mentais que poderiam ser tratados com a intervenção adequada. 

Transtornos como depressão, bipolaridade e esquizofrenia frequentemente estão ligados a sentimentos intensos de desesperança e desespero, fatores que podem levar a pensamentos suicidas.

É crucial entender como conscientizar as pessoas do setembro amarelo, pois através do  tratamento adequado, que pode incluir terapia, medicação e suporte psicológico, é possível aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. 

Grupos de diagnósticos relacionados ao suicídio

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Existem quatro principais grupos de diagnósticos que podem estar associados a comportamento suicida, mas vale lembrar que a maioria das pessoas que apresentam esses diagnósticos não manifestam comportamento suicida.

Transtornos de humor

Os transtornos de humor, como a depressão e o transtorno bipolar, podem estar associados ao risco de suicídio. Esses transtornos podem afetar profundamente o estado emocional da pessoa, levando a sentimentos intensos de tristeza, desesperança e irritabilidade.

  • Depressão: caracteriza-se por uma persistente sensação de tristeza e perda de interesse em atividades anteriormente prazerosas. Outros sintomas incluem mudanças no apetite e sono, fadiga e dificuldade de concentração. O tratamento é fundamental para evitar o agravamento da condição e reduzir o risco de suicídio, especialmente nos casos de risco.
  • Transtorno bipolar: envolve mudanças extremas de humor, desde episódios de euforia e hiperatividade (mania) até períodos de profunda depressão. Essas oscilações podem aumentar o risco de comportamento suicida, principalmente durante os episódios depressivos.

O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para controlar os sintomas e prevenir consequências graves.

Transtornos por uso de substâncias

Transtornos por uso de substâncias psicoativas, como o abuso ou dependência de álcool e drogas, têm uma forte relação com o comportamento suicida. O uso de substâncias pode agravar problemas de saúde mental, levando a um aumento dos sentimentos de desesperança e impulsividade.

As substâncias psicoativas podem distorcer o pensamento, instabilizar as emoções, alterar o julgamento e reduzir a capacidade de lidar com o estresse, aumentando a propensão a pensamentos suicidas.

Transtornos de personalidade

Os transtornos de personalidade emocionalmente instável, como o transtorno de personalidade borderline, são caracterizados por instabilidade emocional e comportamental. Esses transtornos também podem levar a comportamentos impulsivos e autodestrutivos.

Os sintomas incluem mudanças abruptas no humor, relacionamentos instáveis e sentimentos crônicos de vazio e raiva. Esses sintomas podem aumentar o risco de comportamento suicida.

Transtornos psicóticos

Os transtornos psicóticos, como a esquizofrenia, envolvem uma desconexão com a realidade, que pode incluir alucinações e delírios. Essas condições podem aumentar o risco de suicídio devido à gravidade dos sintomas e ao impacto na percepção da realidade.

O tratamento desses transtornos pode ser complexo e envolve medicação antipsicótica e terapia. Manter o tratamento é crucial para reduzir o risco de comportamento suicida e melhorar a qualidade de vida.

Cada um desses grupos de diagnósticos exige uma abordagem específica para tratamento e manejo, e a identificação precoce e o suporte adequado são fundamentais para prevenir o suicídio.

Comportamento suicida

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O comportamento suicida pode variar amplamente em gravidade, desde pensamentos casuais e não planejados até tentativas de suicídio. Esses comportamentos são sinais críticos que indicam a necessidade urgente de intervenção e suporte.

  • Pensamentos casuais: algumas pessoas podem ter pensamentos passageiros de suicídio, geralmente como uma forma de expressar dor ou desespero. Embora possam parecer menos graves, esses pensamentos devem ser levados a sério para que sejam tratados de modo a não evoluírem para uma condição de maior gravidade.
  • Planejamento: quando alguém começa a planejar como cometer suicídio, isso indica um aumento significativo no risco. O planejamento pode incluir pesquisar métodos ou fazer preparativos, e é um sinal claro de que a pessoa precisa de ajuda imediata.
  • Tentativas de suicídio: as tentativas de suicídio são ações concretas em que a pessoa tenta acabar com a própria vida. Este é um sinal grave e uma emergência médica que requer intervenção imediata.

Cada um desses comportamentos, independentemente de sua gravidade aparente, deve ser tratado como uma emergência médica. Ignorar ou minimizar esses sinais pode ter consequências fatais.

O impacto do suicídio na rede de relacionamentos

O suicídio tem um impacto devastador sobre aqueles que ficam para trás, transformando profundamente a vida das pessoas próximas. Estudos mostram que, em média, cada suicídio afeta diretamente cerca de seis pessoas próximas, como familiares e amigos, que enfrentam um luto intenso e complicado.

As pessoas que perdem um ente querido para o suicídio frequentemente experimentam uma série de emoções, incluindo estado de choque, culpa, raiva e tristeza. A dor e o luto podem ser profundos e duradouros, afetando a saúde mental e emocional dos enlutados.

É crucial oferecer apoio psicológico aos enlutados para ajudá-los a processar a perda e a encontrar maneiras de lidar com a dor. Grupos de apoio e terapia podem fornecer um espaço seguro para expressar sentimentos e começar o processo de tratamento.

Comportamento suicida é emergência médica

Qualquer manifestação de comportamento suicida, desde pensamentos casuais até tentativas concretas, deve ser tratada como uma emergência médica. Não há grau de gravidade que possa ser ignorado, pois qualquer sinal pode ser um indicador de um risco sério e iminente.

A urgência em tratar o comportamento suicida não pode ser subestimada. Ignorar esses sinais pode ter consequências trágicas, e a intervenção imediata é essencial para garantir a segurança da pessoa em risco e oferecer o suporte necessário.

Campanhas como o Setembro Amarelo desempenham um papel crucial nessa missão, promovendo a conscientização e encorajando a busca de ajuda. Elas ajudam a desmistificar o tema, incentivar o diálogo aberto e garantir que pessoas em crise saibam que há apoio disponível. 

Mas qual a importância do Setembro Amarelo? Essa campanha vai além da simples conscientização, oferecendo uma oportunidade para que a sociedade reflita sobre a saúde mental, rompendo estigmas e salvando vidas através do acesso a informações e recursos de apoio.

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando pensamentos suicidas, busque ajuda imediata. Entre em contato com profissionais de saúde, linhas de apoio e serviços de emergência. Lembre-se: não há problema em pedir ajuda, e a intervenção precoce é a chave para a prevenção e a recuperação!

E se você quer continuar se informando sobre os mais diversos temas que envolvem  saúde mental, leia outros posts aqui no Blog do Dr. Petrus.

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