O que é transtorno bipolar
O transtorno bipolar é uma doença psiquiátrica caracterizada pela alternância de episódios de depressão e mania ou hipomania. Esses períodos são marcados por mudanças significativas no humor, energia e comportamento, impactando profundamente a vida do indivíduo.
Essas oscilações incluem episódios de depressão, caracterizados por persistência de sentimentos de tristeza, desesperança e perda de interesse em atividades antes prazerosas, além de episódios de mania ou hipomania, que se manifestam por fases de euforia, irritabilidade ou aumento da energia e atividade.
Diferente dos altos e baixos habituais que todos experimentam, as alterações de humor no transtorno bipolar são tão intensas que interferem na capacidade de trabalho, desempenho escolar, relacionamentos interpessoais e podem levar a comportamentos de risco.
Os episódios podem durar semanas ou até meses e são frequentemente separados por períodos de humor relativamente normal.
É essencial compreender que o transtorno bipolar é uma condição heterogênea, o que significa que cada pessoa afetada pode vivenciar o distúrbio de uma maneira única. Alguns indivíduos podem ter episódios maníacos mais frequentes, enquanto outros podem sofrer principalmente de depressão, e há aqueles que experimentam ciclos rápidos entre os dois estados.
Embora o início dos sintomas geralmente ocorra na faixa dos 25 aos 35 anos, o transtorno bipolar pode se manifestar tanto em adolescentes quanto em adultos mais velhos, sendo menos comum o surgimento após os 60 anos. O reconhecimento precoce dos sinais e sintomas é crucial para o início do tratamento e a melhora do prognóstico.
Como é o diagnóstico de transtorno bipolar
O diagnóstico do transtorno bipolar é essencialmente clínico e deve ser conduzido por um psiquiatra experiente.
O Dr. Petrus Raulino, com sua vasta experiência em internações psiquiátricas e atendimento em pronto-socorro, utiliza a anamnese detalhada e o exame mental para identificar os episódios característicos do transtorno e diferenciá-lo de outras condições, como a esquizofrenia.
A identificação do transtorno se baseia na história clínica do paciente (anamnese) e no exame mental. Não existem exames laboratoriais ou de imagem que confirmem o diagnóstico; no entanto, esses exames podem ser úteis para descartar outras causas orgânicas que possam mimetizar os sintomas do transtorno bipolar.
Para uma classificação precisa, o Dr. Petrus segue as diretrizes dos manuais de diagnóstico médico mundialmente reconhecidos, como o DSM-5 (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5ª edição), a CID-10 (Classificação Internacional de Doenças, 10ª revisão) e a mais recente CID-11. Estes manuais descrevem os critérios específicos para os subtipos do transtorno bipolar:
- Transtorno Bipolar Tipo 1: caracterizado por pelo menos um episódio maníaco completo. É possível que o paciente também tenha tido episódios de depressão maior, mas não são obrigatórios para o diagnóstico.
- Transtorno Bipolar Tipo 2: definido pela ocorrência de pelo menos um episódio hipomaníaco e nenhum episódio maníaco completo. Assim como no Tipo 1, é possível que o paciente também tenha tido episódios de depressão maior, mas não são obrigatórios para o diagnóstico.
É fundamental entender que o transtorno bipolar é uma condição diversa, e os padrões de episódios afetivos variam significativamente entre os pacientes. O diagnóstico é a chave para um tratamento eficaz, adaptado às necessidades individuais do paciente e ao seu padrão específico de sintomas.
Tratamento feito por um psiquiatra especializado em transtorno bipolar
O Dr. Petrus Raulino, com sua ampla experiência em psiquiatria, emergências e internações psiquiátricas, oferece uma abordagem especializada para o tratamento do transtorno bipolar.
Seu conhecimento e prática em ambientes de alta complexidade, tendo sido inclusive responsável pelo serviço de interconsulta em psiquiatria Vera Cruz em Campinas por mais de 10 anos, conferem a ele uma habilidade ímpar para diagnosticar e tratar pacientes com essa condição.
Muitos pacientes, quando estão em remissão do transtorno bipolar, ou seja, não estão com sintomas depressivos, maníacos ou hipomaníacos, não apresentam alteração no exame mental, mantendo a capacidade funcional e de trabalhar. Portanto, o transtorno bipolar impacta e incapacitar quando ele está em atividade.
Remédio para transtorno bipolar
Os remédios mais indicados para o tratamento do transtorno bipolar são os estabilizadores de humor, como lítio, divalproato e carbamazepina, e antipsicóticos, para o manejo dos sintomas e prevenção de recaídas.
A escolha do tratamento é sempre realizada com o objetivo de proporcionar o melhor controle da doença, respeitando a individualidade de cada paciente.
Outra classe de psicofármacos usada para tratamento são os antipsicóticos atípicos, como aripiprazol, lurasidona, clozapina, quetiapina, que podem ser utilizados em combinação com os estabilizadores de humor.
Substâncias psicoativas podem induzir transtorno bipolar?
Sim, o uso de substâncias psicoativas, especialmente em indivíduos com predisposição genética, pode desencadear o transtorno bipolar.
Deve-se estar alerta para os riscos associados ao uso de drogas como alucinógenos sintéticos, cocaína e cannabis, que podem levar a quadros induzidos do transtorno. Importante ressaltar que existem pacientes que provavelmente nunca teriam transtorno bipolar se não tivessem utilizado essas substâncias.