Entendendo a depressão refratária e como ela pode ser tratada

A depressão refratária, uma forma persistente de depressão que resiste aos tratamentos convencionais, representa um desafio significativo no campo da saúde mental e da medicina.

Nesse sentido, identificar e entender esta condição é crucial para encontrar abordagens eficazes de tratamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

Por isso, ao longo deste conteúdo, vamos esclarecer as principais dúvidas sobre a depressão refratária, discutir opções de tratamento e destacar a importância do acompanhamento com um psiquiatra especializado. 

Então continue a leitura para uma visão abrangente que pode ser o primeiro passo rumo à jornada para melhor.

O que é depressão refratária? 

A depressão refratária é uma condição complexa e heterogênea na qual o paciente com depressão não responde aos tratamentos tradicionais, como antidepressivos ou terapias psicológicas padrão. 

Isso pode ocorrer após a tentativa de vários tipos de tratamento, sem uma melhora significativa dos sintomas depressivos. Entender esse fenômeno é fundamental para buscar estratégias de tratamento mais eficazes e individualizadas.

Diferença entre depressão comum e depressão refratária

A depressão comum, geralmente, responde bem aos métodos de tratamento convencionais. Já a depressão refratária, por outro lado, persiste apesar desses esforços. A distinção crucial entre as duas reside na resposta ao tratamento. 

Enquanto muitos indivíduos com depressão comum experimentam alívio com medicações e terapia, aqueles com depressão refratária continuam a lutar contra os sintomas debilitantes.

Nesse caso, é preciso uma abordagem mais aprofundada e, muitas vezes, multidisciplinar, que pode incluir uma combinação de terapias e uma avaliação mais detalhada dos fatores biológicos orgânicos.

Sintomas da depressão refratária

Os sintomas da depressão refratária assemelham-se aos da depressão convencional, mas persistem mesmo após tratamento. 

Isso pode incluir tristeza profunda, perda de interesse em atividades prazerosas, alterações no apetite ou no peso, distúrbios do sono, fadiga, sentimentos de inutilidade ou culpa, dificuldades de concentração e pensamentos suicidas. 

Além desses, sintomas físicos como palpitações, falta de ar e alterações gastrointestinais podem estar presentes, reforçando a necessidade de um acompanhamento psiquiátrico especializado que considera a integralidade do indivíduo.

Causas da depressão refratária 

A depressão refratária pode ser particularmente desafiadora, não apenas pelo impacto emocional e físico, mas também pela dificuldade de identificar suas raízes exatas. 

Entender as causas potenciais é um passo essencial para desenvolver um plano de tratamento eficaz. Geralmente, a depressão refratária não se deve a uma única causa, mas a uma combinação de fatores biológicos, genéticos e ambientais. 

Por isso, vamos mostrar alguns dos elementos que podem desempenhar um papel crucial na resistência ao tratamento convencional da depressão: 

  • Fatores genéticos: Alguns indivíduos podem ter uma predisposição genética que afeta a resposta aos antidepressivos;
  • Variações bioquímicas: Anormalidades nos neurotransmissores ou desequilíbrios hormonais podem contribuir para a resistência ao tratamento;
  • Condições médicas concomitantes: Doenças crônicas como diabetes, doenças cardíacas ou disfunção da tireoide podem complicar ou potencializar os sintomas da depressão, dificultando o tratamento eficaz;
  • Resistência medicamentosa: O organismo de algumas pessoas pode metabolizar medicamentos de maneira diferente, o que pode enfraquecer o efeito dos antidepressivos;
  • Efeitos colaterais de medicamentos: Outros medicamentos podem interferir na eficácia dos tratamentos para depressão ou piorar os sintomas depressivos;
  • Inflamação sistêmica: A inflamação no organismo tem sido associada à depressão e pode ser um fator em casos refratários;
  • Estressores ambientais: Fatores de estresse crônico, como problemas de relacionamento, luto - concreto ou simbólico -, trabalho ou desafios financeiros, podem agravar a depressão e torná-la mais resistente a tratamentos habituais;
  • Adesão ao tratamento: Dificuldades na adesão ao plano terapêutico, quer seja por esquecimento, negação da condição ou pela experiência de efeitos adversos, também podem ser uma causa;
  • Questões psicossociais: A presença de traumas, estresse pós-traumático ou condições socioeconômicas desafiadoras ​​podem influenciar a eficácia do tratamento da depressão.

Tratamentos disponíveis para depressão refratária

Para combater a depressão refratária, é necessário um plano terapêutico robusto e multifacetado, que muitas vezes envolve tanto intervenções farmacológicas quanto não farmacológicas.

Abordagens medicamentosas

A abordagem medicamentosa para depressão refratária pode abarcar o uso de diferentes tipos de antidepressivos, ajustes na dosagem ou a combinação de fármacos para aprimorar a resposta ao tratamento. 

Inclusive, pode ser necessário recorrer a classes diversas de medicamentos, como os moduladores de serotonina, noradrenalina, ou dopamina, ou ainda adicionar antipsicóticos de segunda geração ou estabilizadores de humor. 

Em certos casos, medicamentos utilizados para outras condições, que possuem potencial antidepressivo, são explorados. A monitorização cuidadosa dos efeitos e a customização do regime terapêutico são essenciais para garantir eficácia e segurança.

Terapias não-farmacológicas junto ao tratamento com especialista

As terapias não-farmacológicas, quando utilizadas em conjunto com o tratamento farmacológico, podem oferecer alívio adicional aos sintomas da depressão refratária. 

Estas incluem, mas não estão limitadas a, psicoterapia com abordagens como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), práticas mente-corpo como meditação e ioga, exercícios físicos regulares, e ajustes dietéticos. 

Outras modalidades como técnicas de neuroestimulação - estimulação magnética transcraniana de repetição (EMTr) e eletroconvulsoterapia (ECT) - também estão ganhando destaque como opções consolidadas para depressão refratária. 

A escolha e integração dessas terapias devem ser feitas sob orientação de um especialista, que possa oferecer um tratamento sob medida, atendendo às necessidades e condições individuais do paciente.

A importância do diagnóstico e acompanhamento profissional

Um diagnóstico preciso e o acompanhamento profissional são fundamentais no tratamento eficaz da depressão refratária.

O papel do médico psiquiatra no tratamento da depressão refratária

O psiquiatra desempenha um papel crucial no diagnóstico e tratamento da depressão refratária, fornecendo uma avaliação abrangente que inclui a história clínica, sintomas físicos e emocionais, e possíveis fatores contribuintes. 

A expertise do psiquiatra é vital para desenvolver um regime de tratamento personalizado, que pode incluir farmacoterapia avançada, ajustes de medicamentos, terapias não-farmacológicas - incluindo técnicas de neuroestimulação - e o monitoramento contínuo dos resultados. 

O conhecimento aprofundado em neurobiologia e psicofarmacologia permite ao psiquiatra compreender como diferentes tratamentos podem afetar o cérebro e o corpo, resultando em um cuidado mais eficaz e sensível às necessidades do paciente.

Como o Dr. Petrus Raulino pode ajudar?

Com uma trajetória notável em psiquiatria clínica de base biológica e psicofarmacologia, o Dr. Petrus Raulino é um psiquiatra estabelecido em Campinas, dedicado a fornecer um nível de consulta médica de alto padrão. 

Sua formação em Medicina e residência em Psiquiatria pela UNICAMP, bem como mestrado em Ciências pela USP, junto à experiência acumulada em consultoria em Psiquiatria em hospital geral como o Hospital Vera Cruz, posicionam-no como um especialista altamente qualificado para lidar com casos complexos de depressão refratária em múltiplos contextos. 

Vale destacar que o Dr. Raulino está comprometido em empregar seu conhecimento e habilidades para buscar o melhor caminho terapêutico para seus pacientes, mirando em resultados que melhorem significativamente a qualidade de vida e o bem-estar geral.

Dicas e estratégias para potencializar o tratamento da depressão refratária

Além do tratamento médico, existem estratégias de autocuidado e apoio social que podem contribuir significativamente para o manejo da depressão refratária.

Estratégias de autocuidado além do acompanhamento com psiquiatra

O autocuidado é um componente essencial no tratamento da depressão refratária. Práticas como estabelecer uma rotina diária, manter uma alimentação balanceada e praticar atividade física regularmente podem ter um impacto positivo na saúde mental. 

Além disso, garantir um sono de qualidade, dedicar-se a hobbies e interesses, e praticar técnicas de relaxamento ou meditação podem ajudar a reduzir o estresse e melhorar o humor. 

É importante também estabelecer metas realistas e celebrar pequenas conquistas, pois isso pode aumentar a sensação de autoeficácia e encorajar a continuidade do esforço diário na luta contra a depressão.

Buscando apoio de amigos e família

Ter uma rede de apoio social sólida é vital para aqueles que enfrentam a depressão refratária. 

Amigos e familiares podem oferecer suporte emocional, ajudar na adesão ao tratamento, e proporcionar um sentimento de conexão e pertencimento que é frequentemente perdido durante episódios depressivos. 

Conversas abertas sobre a condição podem facilitar a compreensão e a paciência necessárias em momentos de desafio. 

Participar de grupos de apoio ou envolver-se em comunidades também pode ser benéfico, pois permite compartilhar experiências e estratégias com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.

Agende sua consulta com o Dr. Petrus Raulino e avalie opções terapêuticas na luta contra a depressão refratária

Na busca para superar a depressão refratária, é essencial contar com orientação especializada e um plano de tratamento personalizado. 

Ou seja, abordagens medicamentosas criteriosas, aliadas a estratégias de autocuidado e apoio social, compõem o caminho em direção à melhora. Em busca de um especialista dedicado ao tratamento da depressão refratária? 

O Dr. Petrus Raulino, com sua vasta experiência em psiquiatria e profundo conhecimento em neurobiologia, está pronto para oferecer um tratamento baseado em evidências científicas, focado tanto no seu bem-estar emocional quanto no monitoramento de fatores biológicos orgânicos. 

Entenda como um tratamento personalizado e aprofundado pode levar à melhora no manejo dos seus sintomas. Agende uma consulta em Campinas e dê um passo significativo na sua jornada para uma vida com mais qualidade.

 E lembre-se de continuar acompanhando o Blog do Dr. Petrus para mais informações e dicas sobre saúde mental.


Escetamina: o que é e para que serve?

O que é e para que serve escetamina? Milhões pelo mundo lutam contra a depressão resistente. Ela promete alívio rápido dos sintomas depressivos.

Esse avanço representa uma espécie de revolução no tratamento da depressão, mudando o panorama de recuperação. Mas como exatamente a escetamina destaca-se na luta contra a depressão resistente? Vamos nos debruçar por essa solução terapêutica, que promete transformar a vida dos que buscaram soluções em vão.

Pontos de atenção

Diante do combate à depressão resistente, a escetamina é destacada como uma nova opção terapêutica. Ela se diferencia pela capacidade de melhorar rapidamente os sintomas depressivos. Isso é um avanço importante para pacientes que não se beneficiaram de tratamentos convencionais. Mas é importante estar atento aos seguintes pontos:

  • A ⁠infusão de cetamina para depressão é off label no Brasil, sendo on label (recomendação oficial) apenas a forma S (escetamina) intranasal no Brasil;
  • O tratamento com cloridrato de escetamina é indicado para pacientes que não responderam a outros antidepressivos;
  • A ação rápida da escetamina pode aliviar sintomas depressivos em menos de 24 horas após a administração;
  • A aprovação pela Anvisa torna o uso de escetamina específico para o ambiente hospitalar ou clínica autorizada, sob monitoramento médico;
  • A escetamina oferece um novo mecanismo de ação como modulador de glutamato, diferenciando-se de outros antidepressivos;
  • O monitoramento médico é essencial devido aos potenciais efeitos colaterais da escetamina;
  • O uso da escetamina requer cuidados especiais para prevenir abuso e dependência;
  • A escetamina e sua função como tratamento inovador para depressão.

O que é a escetamina?

A escetamina trata adultos com depressão que não tiveram êxito com outros tratamentos. Por meio do uso intranasal, ela traz esperança para uma melhora eficaz e rápida dos sintomas graves.

Portanto, é um medicamento utilizado principalmente para o tratamento da depressão resistente ao tratamento (DRT) ou seja, transtorno depressivo maior (TDM) em adultos que não responderam adequadamente a outros antidepressivos, e para a rápida redução de sintomas depressivos em pacientes com comportamento ou ideação suicida aguda.

É um enantiômero do composto químico cetamina e atua como um antagonista do receptor NMDA, que está envolvido na modulação do humor e da percepção da dor. É administrada sob a forma de spray nasal e deve ser usada sob supervisão médica devido ao seu potencial para efeitos colaterais e abuso.

Indicações da escetamina e seu papel na depressão resistente ao tratamento

A escetamina deve ser recomendada por um psiquiatra bem qualificado e utilizada em ambientes controlados, como hospitais e clínicas especializadas. Em geral ela serve como tratamento coadjuvante aos antidepressivos orais, aumentando as chances de melhora ao proporcionar alívio mais rápido da doença.

Ação rápida da escetamina e seus efeitos nos sintomas depressivos

Um dos destaques da escetamina é a sua ação rápida. A melhora dos sintomas é frequentemente observada nas primeiras 24 horas. Isso representa uma revolução no tratamento de uma condição tão complexa quanto a depressão.

A escetamina, devido à sua ação como antagonista do receptor NMDA, pode proporcionar alívio rápido dos sintomas depressivos, muitas vezes dentro de horas ou dias, em comparação com as semanas que podem ser necessárias para que os antidepressivos tradicionais façam efeito.

Essa rapidez na ação torna a escetamina uma opção valiosa para pessoas com depressão grave e para aqueles que não tiveram sucesso com outros tratamentos.

Os efeitos podem incluir melhora do humor, aumento da energia e diminuição dos pensamentos suicidas. No entanto, os efeitos a longo prazo e a segurança do uso contínuo ainda estão sendo estudados. Além disso, seus benefícios tendem a ser transitórios e fugazes.

Mecanismos de ação: como a escetamina atua no organismo?

É vital entender como a escetamina opera no cérebro para compreender seu efeito contra a depressão. Esse medicamento se destaca por ser um modulador de glutamato, um mecanismo de ação que difere dos tratamentos convencionais. Isso marca um avanço importante no tratamento da saúde mental.

A escetamina atua no organismo como um antagonista seletivo do receptor N-metil-D-aspartato (NMDA), um subtipo de receptor de glutamato.

Ao bloquear esses receptores, a escetamina interfere na transmissão de sinais entre os neurônios mediados pelo glutamato, um neurotransmissor chave envolvido na regulação do humor e na cognição.

Este bloqueio pode resultar em um estímulo para maior atividade de outros neurotransmissores, como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina, que podem contribuir para os efeitos antidepressivos e para a melhora do humor.

A escetamina também parece promover a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se adaptar e reorganizar, o que pode ajudar a aliviar os sintomas depressivos.

Além disso, a escetamina parece ativar o sistema opióide, o que pode implicar em aumento do risco de dependência que deve ser muito bem avaliado pelo médico.

Receptores de glutamato e conexões neuronais

A escetamina interage diretamente com os receptores de glutamato, essenciais para a conexão entre células cerebrais. O glutamato, principal neurotransmissor excitatório do cérebro, desempenha um papel crucial na formação de memórias e na plasticidade cerebral.

Através da modulação desse neurotransmissor, a escetamina parece ajudar a reparar as conexões neurais danificadas pela depressão.

Diferenças entre a escetamina e outros antidepressivos

Os antidepressivos tradicionais atuam principalmente através da ação da serotonina e noradrenalina. A escetamina, por outro lado, foca no ajuste da atividade do glutamato, sua ação se baseia em um paradigma inovador e tem trazido resultados encorajadores, especialmente em casos onde outras abordagens falharam.

Além disso, a escetamina difere dos antidepressivos tradicionais em vários aspectos:

Mecanismo de ação: enquanto a maioria dos antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e os inibidores de recaptação de serotonina e noradrelalina (IRSN), atuam aumentando a disponibilidade de neurotransmissores como serotonina e/ou noradrenalina, a escetamina atua bloqueando os receptores NMDA do glutamato.

Velocidade de ação: a escetamina pode proporcionar alívio dos sintomas depressivos de forma mais rápida, muitas vezes dentro de horas ou dias, enquanto os antidepressivos tradicionais podem levar semanas para mostrar benefícios.

Via de administração: a escetamina é administrada por via nasal, enquanto a maioria dos antidepressivos tradicionais é administrada por via oral.

Indicação: a escetamina é aprovada especificamente para o tratamento da depressão resistente ao tratamento ou para o transtorno depressivo maior com comportamento ou ideação suicida aguda - em combinação com um antidepressivo oral -, enquanto outros antidepressivos são usados como tratamento de primeira linha.

Efeitos colaterais: a escetamina pode ter um perfil de efeitos colaterais diferente, incluindo dissociação, aumento da pressão arterial, estado confusional, entre outros, que não são comumente associados aos antidepressivos tradicionais.

Potencial de abuso: devido às suas propriedades dissociativas e psicoativas, a escetamina tem um potencial de abuso e dependência, o que requer que seja administrada sob estrita supervisão médica.

Escetamina: uso aprovado e recomendações oficiais no Brasil

A saúde mental no Brasil recebeu um forte impulso com a aprovação da Anvisa para a escetamina intranasal. Esta decisão marca um avanço para terapias mais avançadas e focadas, especialmente para a depressão resistente a tratamentos convencionais.

Como tratamento on label, a escetamina oferece uma nova opção para aqueles que não se beneficiaram de métodos tradicionais. Mas seu uso seguro e efetivo é restrito a ambientes supervisionados, exigindo acompanhamento médico.

Administração exclusiva em hospitais ou clínicas autorizadas

A escetamina é administrada exclusivamente em hospitais ou clínicas autorizadas devido ao seu potencial de efeitos colaterais significativos e ao risco de abuso e mau uso.

Esses locais têm protocolos específicos para monitorar o paciente durante e após a administração do medicamento, garantindo a segurança e eficácia do tratamento. A supervisão médica no momento da administração permite o manejo imediato de quaisquer efeitos adversos. Mas a avaliação da resposta ao fármaco ao longo do tratamento é feita pelo médico psiquiatra que acompanha o paciente.

As redes de saúde têm um papel crucial na implementação correta do tratamento. Por isso, é vital seguir estritamente os protocolos para otimizar os benefícios terapêuticos e reduzir riscos.

Precauções e efeitos colaterais da escetamina

O uso da escetamina como terapia emergencial para depressão que não responde a tratamentos convencionais requer controle rigoroso. Isso assegura, simultaneamente, a eficácia e a segurança para quem a utiliza.

Dada a sua potência e impacto psicotrópico, a supervisão de um especialista é crucial em cada etapa do tratamento. Este acompanhamento busca reduzir riscos de reações adversas, entre elas:

  • Gravidez e amamentação: a segurança da escetamina durante a gravidez e amamentação não está estabelecida, portanto não é recomendada.
  • Dissociação: sensação de estar desconectado de si mesmo e da realidade.
  • Sedação: sonolência ou sensação de calma excessiva.
  • Tontura e náusea: sensações de vertigem ou enjoos.
  • Aumento da pressão arterial: elevações transitórias na pressão arterial imediatamente após a administração.
  • Efeitos cognitivos: dificuldade de atenção, julgamento e pensamento.
  • Efeitos psiquiátricos: aumento da ansiedade, paranóia ou pânico.

Procure um profissional capacitado

Se você está enfrentando o Transtorno Depressivo Maior ou a depressão resistente ao tratamento e procura por uma abordagem especializada, não hesite em agendar uma consulta com o Dr. Petrus Raulino.

Com uma sólida formação em Medicina pela UNICAMP, residência médica em psiquiatria e psicoterapia também pela UNICAMP, e mais de 20 anos de experiência, o Dr. Raulino está preparado para oferecer o suporte e as opções de tratamento que você necessita.


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Saiba qual o médico especialista em saúde mental e como escolher o profissional ideal

Encontrar o médico especialista em saúde mental certo pode ser crucial para sua busca pelo bem-estar. Contudo, há aspectos relevantes para garantir que você tome a melhor decisão possível ao escolher esse profissional. 

Sendo assim, desde a importância fundamental de reconhecer os sinais que indicam a necessidade de buscar ajuda até a escolha do psiquiatra adequado para suas necessidades específicas, você encontrará essas informações aqui. 

Além disso, vamos mostrar a você como a escolha de um renomado psiquiatra, com experiência e abordagens terapêuticas de alto padrão, podem fazer toda a diferença em sua jornada de saúde mental.

Acompanhe!

A importância de um médico especialista em saúde mental

Reconhecer os sinais de que você precisa de ajuda profissional para questões de saúde mental é o primeiro passo vital em direção à busca por bem-estar.

Problemas como ansiedade, depressão, transtorno bipolar, entre outros, podem afetar significativamente sua qualidade de vida. 

Um médico especialista em saúde mental, também conhecido como psiquiatra, possui o conhecimento e a experiência necessários para diagnosticar e tratar essas condições de forma eficaz.

 Ao compreender a importância de procurar ajuda profissional, você está priorizando sua saúde mental e investindo em seu próprio bem-estar emocional.

Os benefícios de buscar ajuda profissional

Buscar ajuda profissional para questões de saúde mental oferece uma série de benefícios significativos. 

Primeiramente, um médico especialista em saúde mental pode oferecer um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado, levando em consideração suas necessidades individuais. 

Além disso, eles podem fornecer orientação e suporte emocional durante todo o processo de tratamento, ajudando você a enfrentar desafios e superar obstáculos. 

Ao trabalhar com um profissional qualificado, você também pode ter acesso a uma variedade de recursos e técnicas terapêuticas que podem ajudar a melhorar sua saúde mental a longo prazo.

Afinal, qual é o médico especialista em saúde mental?

médico especialista em saúde mental  analisando exame

O médico especialista em saúde mental é o psiquiatra, profissional médico treinado no diagnóstico, tratamento e prevenção de transtornos mentais e emocionais. 

Ele possui uma ampla compreensão dos fundamentos neurobiológicos dos processos mentais e pode prescrever medicamentos quando necessário, além de oferecer conhecimento e suporte emocional aos pacientes.

Os psiquiatras frequentemente trabalham em conjunto com outros profissionais de saúde mental, como psicólogos e assistentes sociais, para fornecer um tratamento abrangente, holístico e integrativo.

Sua formação médica permite que eles avaliem a interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para os problemas de saúde mental.

Quando consultar um psiquiatra para seus problemas de saúde mental?

É importante reconhecer que procurar ajuda de um psiquiatra não é um sinal de fraqueza, mas sim um passo corajoso em direção ao autocuidado e à busca por cura. 

Você deve considerar agendar uma consulta com um psiquiatra se estiver enfrentando sintomas persistentes de condições como ansiedade, depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, insônia, entre outros. 

Inclusive, se você estiver passando por mudanças significativas em seu humor, comportamento ou funcionamento diário, ou estiver lidando com dificuldades em seus relacionamentos ou desempenho acadêmico/profissional devido a problemas emocionais ou físicos, é recomendável buscar a avaliação de um psiquiatra.

Escolhendo o psiquiatra certo para suas necessidades de saúde mental

Ao escolher um psiquiatra, é essencial considerar uma série de fatores para garantir que você encontre o profissional mais adequado às suas necessidades individuais. Aqui estão alguns pontos a serem considerados:

  • Experiência: Verifique o histórico educacional e as credenciais do psiquiatra, seu registro no CRM (Conselho Regional de Medicina), seu RQE (Registro de Qualificação de Especialidade junto ao CRM); 
  • Suas qualificações: o que inclui sua formação acadêmica, especializações e experiência prática no tratamento de condições específicas;
  • Compatibilidade pessoal: Considere a importância da conexão e da confiança entre você e o psiquiatra. Procure um profissional com quem você se sinta confortável compartilhando suas preocupações e trabalhando em conjunto;
  • Disponibilidade e acessibilidade: Verifique a disponibilidade de tempo que o psiquiatra dedica para cada consulta. Ou seja, qual a duração da consulta, bem como a conveniência e o conforto.

A experiência e qualificação do Dr. Petrus como um psiquiatra de alto padrão

O Dr. Petrus é um psiquiatra em Campinas altamente qualificado e experiente, conhecido por seu compromisso com o tratamento eficaz de uma ampla gama de problemas de saúde mental. 

Isso porque, com uma sólida formação e anos de experiência clínica, o Dr. Petrus traz um profundo entendimento das complexidades da mente humana para sua prática. 

Além disso, sua abordagem terapêutica é baseada em evidências científicas e centrada no paciente, priorizando o bem-estar emocional, o monitoramento de fatores biológicos orgânicos e a melhora pessoal de cada indivíduo que ele atende.

O tratamento de saúde mental com o Dr. Petrus

Ao agendar uma consulta com o Dr. Petrus, você pode esperar receber um cuidado excepcional e personalizado para suas necessidades específicas de saúde mental. 

Afinal, com sua orientação especializada e expertise, o Dr. Petrus está comprometido em ajudá-lo a alcançar uma vida mais equilibrada e significativa, com melhora das limitações impostas pelos problemas de saúde mental.

Agende uma consulta com o Dr. Petrus: médico especialista em saúde mental

médico especialista em saúde mental verificando exame

Agora que você já sabe qual o médico especialista em saúde mental, você está pronto para dar o próximo passo em sua busca por bem-estar emocional. Por isso, agendar uma consulta com o Dr. Petrus é o ponto de partida para uma transformação positiva em sua vida. 

Por isso, agende sua consulta hoje mesmo e conte com o Dr. Petrus para ser seu médico de confiança. Lembre-se, sua saúde mental é uma prioridade e você merece receber o melhor cuidado possível.

Gostou do conteúdo? Então, continue acompanhando o Blog do Dr. Petrus!


como escolher um bom psiquiatra capa

Saiba como escolher um bom psiquiatra para cada necessidade

Ao buscar como escolher um bom psiquiatra, é crucial entender que a decisão impacta diretamente o seu bem-estar. 

Isso porque a saúde mental é um componente essencial da qualidade de vida, e a escolha de um profissional adequado pode ser o primeiro passo para uma jornada de recuperação e autoconhecimento. 

Por isso, neste conteúdo, vamos mostrar os aspectos fundamentais que devem orientar essa escolha, desde a avaliação das qualificações do especialista até a importância da compatibilidade entre médico e paciente. 

Além disso, avançaremos pelo entendimento das abordagens de tratamento, pela relevância das indicações de outros médicos e profissionais de saúde ao atendimento psiquiátrico especializado, bem como as opiniões de outros pacientes. 

Ou seja, com essas informações, você estará equipado para tomar uma decisão informada, garantindo apoio profissional alinhado às suas necessidades.

Introdução à importância da saúde mental

A saúde mental merece atenção e cuidado tão diligentes quanto a saúde física, uma vez que mente, corpo e cérebro não são separáveis como se imaginava no passado. Em meio a desafios cotidianos e estresses, negligenciá-la pode acarretar consequências sérias. 

Portanto, identificar um profissional qualificado é um passo vital. 

O psiquiatra, com sua expertise, avalia, diagnostica e trata transtornos mentais, os quais, muitas vezes, podem incluir sintomas físicos, promovendo não apenas a recuperação, mas também a prevenção de recaídas. 

Nesse contexto, saber como escolher um bom psiquiatra torna-se uma questão essencial. 

A escolha correta permite um tratamento eficaz, adaptado às particularidades de cada indivíduo, e um acompanhamento que considera a complexidade do ser humano. 

Ao longo deste conteúdo, compartilharemos critérios e dicas que auxiliarão nesse processo, assegurando que sua saúde mental esteja nas mãos de um profissional competente e comprometido com sua evolução pessoal.

Entendendo o papel do psiquiatra

O psiquiatra é um médico especializado no diagnóstico, tratamento e prevenção de transtornos mentais. Sua formação médica permite que prescreva medicamentos, uma ferramenta fundamental no manejo de condições psiquiátricas de moderada a grave intensidade. 

Além disso, ele pode conduzir a terapias e recomendar intervenções que abordam aspectos biológicos, comportamentais e psicológicos da saúde mental. Este profissional é peça-chave na recuperação de pacientes, trabalhando para restaurar o equilíbrio mental e melhorar a qualidade de vida.

O que um psiquiatra faz?

Um psiquiatra avalia o paciente através de uma análise clínica detalhada, que pode incluir exames físicos e testes psicológicos. Com base nessa avaliação, desenvolve um plano de tratamento personalizado que pode integrar medicamentos, psicoterapia e outras intervenções. 

O objetivo é tratar sintomas, resolver problemas subjacentes e facilitar a adaptação do paciente ao seu ambiente, promovendo uma saúde mental ótima.

Diferença entre psiquiatra e psicólogo

2 médicos conversando sobre como escolher um bom psiquiatra

Embora ambos os profissionais se dediquem à saúde mental, há diferenças significativas entre psiquiatras e psicólogos. Psiquiatras são médicos com capacidade para prescrever medicamentos e realizar procedimentos médicos. 

Psicólogos, por sua vez, focam em psicoterapias e métodos não farmacológicos de tratamento. A escolha entre um psiquiatra ou psicólogo dependerá da natureza e gravidade dos problemas enfrentados pelo paciente, bem como das abordagens terapêuticas preferenciais.

Considerações ao escolher um psiquiatra

Selecionar um psiquiatra exige atenção a diversos fatores críticos que influenciam a eficácia do tratamento. 

É essencial verificar as qualificações, a experiência e a abordagem terapêutica do profissional. Esses elementos são indicativos da competência do psiquiatra e de como ele pode atender às necessidades específicas de cada paciente.

Qualificações e credenciais

As qualificações e credenciais são indicadores da formação e competência do psiquiatra. 

Verifique se o profissional é certificado por conselhos renomados e se possui licença para atuar como médico especialista. Essa verificação assegura que o psiquiatra segue padrões rigorosos de educação e prática clínica.

Experiência específica

A experiência do psiquiatra em lidar com casos semelhantes ao seu é fundamental. Profissionais com um histórico de tratamento em áreas específicas estão mais aptos a fornecer insights e estratégias de tratamento eficazes para sua condição.

Abordagem e métodos de tratamento

Cada psiquiatra tem sua abordagem no tratamento de transtornos mentais. Alguns podem priorizar medicamentos, enquanto outros enfatizam terapias comportamentais. Lembrando que um psiquiatra experiente saberá indicar a melhor composição para seu tratamento, de modo personalizado.

Portanto, é importante escolher um psiquiatra cujos métodos de tratamento estejam alinhados com suas preferências e necessidades, mas também com o melhor da ciência.

Como avaliar a compatibilidade com o psiquiatra

Ao buscar um psiquiatra, considere a importância da compatibilidade. A relação terapêutica é um pilar do tratamento psiquiátrico; logo, uma sintonia com o profissional é crucial. Avalie as credenciais, experiência e especializações do médico. 

Observe se suas abordagens e valores estão alinhados com suas expectativas e necessidades. A escolha de um bom psiquiatra é um investimento na sua saúde mental.

Consultas iniciais

As primeiras consultas são fundamentais para estabelecer uma base sólida para o tratamento. Nesta fase, o psiquiatra deve realizar uma avaliação detalhada do histórico clínico e psicológico do paciente. 

É o momento de discutir sintomas, preocupações e objetivos terapêuticos. A transparência e a atenção do médico são essenciais para construir uma relação de confiança mútua.

Comunicação e conforto

A comunicação clara é vital em qualquer tratamento psiquiátrico. O paciente deve sentir-se à vontade para expressar-se sem julgamentos. O psiquiatra deve demonstrar empatia, ouvir ativamente e fornecer feedback construtivo. 

Um ambiente de conforto e abertura promove uma consulta mais eficaz, permitindo abordar questões profundas com segurança e confiança.

Opiniões de pacientes e referências

Ao selecionar um psiquiatra, considere as opiniões e referências de outros pacientes. Estes testemunhos oferecem insights valiosos sobre a eficácia do médico e a qualidade do atendimento prestado. 

Avalie comentários sobre a abordagem do profissional, sua capacidade de estabelecer uma conexão empática e a efetividade do tratamento proposto. 

Além disso, referências de colegas e outros profissionais de saúde podem reforçar a reputação do psiquiatra, indicando sua competência e confiabilidade. 

A escolha de um bom psiquiatra deve ser embasada em evidências concretas do seu comprometimento e excelência profissional.

Agora você está pronto para fazer a sua escolha

como escolher um bom psiquiatra 3

Ao finalizar sua busca por um psiquiatra, reflita sobre a importância de uma escolha informada. Nesse sentido, pondere a compatibilidade, as credenciais, a formação médica, o currículo, a expertise, a comunicação, as opiniões de outros pacientes e a fonte de indicação. 

De toda forma, a decisão deve ser tomada com discernimento, pois afeta diretamente o seu bem-estar mental. Mas lembre-se de que um bom psiquiatra é aquele que, além de qualificado, ressoa com suas necessidades individuais.

Portanto, se sentir que o Dr. Petrus pode ser o psiquiatra certo para você, não hesite em entrar em contato e agendar sua consulta. Juntos, podemos trilhar o caminho em busca de uma mente saudável.

Se você encontrou valor neste conteúdo, continue acompanhando o nosso blog para mais insights sobre saúde mental.


Dr. Petrus

CARNAVAL: Vera Cruz Hospital e Emdec fazem “blitz do bem” sobre consumo de álcool e drogas

Ação distribuiu material de conscientização na quinta-feira (24/02/2022), entre 11h e 13h, no cruzamento das avenidas Francisco Glicério e Aquidabã.

Close-up Dr. Petrus Raulino
Foto: Dr. Petrus Raulino/Crédito: Matheus Campos
Foto: Dra. Gisele Figueiredo/Crédito: Matheus Campos

Fevereiro, 2022 – A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) registrou, em 2020, 61 mortes na malha urbana de Campinas, sendo que 57% testaram positivo no teste de alcoolemia. Em 48,5% notou-se dosagem alcoólica proibitiva.

O cenário ganha destaque na semana do Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo (20/02), bem como a chegada do feriado de Carnaval (25/02), conhecido nacionalmente pelos excessos.

Para alertar a população dos riscos da soma drogas e direção, o Vera Cruz Hospital, em parceria com a Emdec, realiza uma blitz de cunho educativo na quinta-feira (24) sobre o tema.

Entre 11h e 13h, uma equipe da Emdec fará a entrega, no cruzamento das avenidas Francisco Glicério e Aquidabã, de um folder produzido pelo Vera Cruz Hospital.

Além de dados de acidentes ocasionados pelo consumo das drogas, o material trará um QR Code, pelo qual motociclistas, motoristas e pedestres poderão acessar vídeos de especialistas do hospital explicando sobre as consequências do consumo de drogas e álcool no organismo.

A dependência química (drogas lícitas ou ilícitas) ou “transtorno por uso de substância” é caracterizada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma doença. No organismo, os efeitos do álcool podem deixar graves sequelas ou lesões irreversíveis.

Segundo Gisele Figueiredo Ramos, médica clínica e nutróloga do Vera Cruz Hospital, o consumo contínuo da bebida pode acarretar em inúmeros problemas de saúde. “O vício em álcool atinge principalmente o fígado e as áreas cerebrais responsáveis pelo controle da motricidade, afeta a memória e as capacidades de raciocínio e concentração”, destaca.

O consumo de drogas lícitas e ilícitas também pode causar diversos efeitos colaterais no organismo em curto ou longo prazo. “Pode haver mudanças no apetite e no sono, alterações na frequência cardíaca e na pressão arterial, e o desenvolvimento de doenças mentais”, explica a especialista.

Segundo o Centro Nacional sobre Dependência e Abuso de Substância, da Universidade de Columbia, 40% a 50% dos fatores que levam ao transtorno por uso de substâncias psicoativas são genéticos.

De acordo com o médico psiquiatra Petrus Raulino, também do Vera Cruz Hospital, além dos fatores genéticos, há também sociais, ambientais, biológicos, histórico de vida com dificuldades e situações traumáticas na infância, características de personalidade, como impulsividade, ou mesmo problemas psiquiátricos de base.

“São motivos que, somados, podem colaborar para o desenvolvimento da compulsão por substâncias. Nossa missão é cuidar das pessoas, porque a dependência ou abuso de substâncias provoca consequências negativas, não somente de cunho social, mas também na saúde física e psíquica”, detalha.

Segundo o especialista, pesquisas internacionais apontam que, cerca de 90% das pessoas com transtorno por uso de substâncias químicas tiveram o primeiro consumo na infância ou adolescência. Por outro lado, entre todos os indivíduos que fazem uso de substâncias antes dos 18 anos, 25% evoluem para a dependência ou abuso.

Antes dos 21 anos, essa conta é de um a cada 25 indivíduos. “Quanto mais jovem, maior o perigo. Crianças e adolescentes são de extremo risco. Para os adolescentes, medidas educativas com espaço para diálogos sem julgamento podem ajudar na prevenção”, pontua o psiquiatra.

Para tratar a doença, Raulino ressalta a importância de se levar em conta as características e o momento vivido pelo indivíduo:

“O acompanhamento deve ser feito por uma equipe assistencial multiprofissional, com psiquiatra e psicólogo geralmente em consultórios e, durante a intoxicação ou em crises de abstinência, por meio de atendimento médico de urgência e emergência, além de eventual encaminhamento para internação psiquiátrica em serviço especializado em casos extremos. Grupos de apoio e terapia familiar são de extrema importância na reabilitação”, assinala.

Drogas X Direção

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em todo o mundo, três milhões de mortes anuais são resultados do uso nocivo do álcool, que representam 5,3% de todos os óbitos.

Muitos, oriundos de uma combinação desastrosa: drogas e direção. Segundo dados do governo estadual de São Paulo, entre janeiro de 2019 e julho de 2021 aconteceram 12.470 acidentes de trânsito com suspeitas de embriaguez ao volante, com 892 mortes.

Os acidentes de trânsito também podem acarretar em traumatismo craniano, fratura exposta, hemorragia interna, fratura na bacia e fratura na coluna vertebral (que pode levar à paraplegia ou à tetraplegia).

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que dirigir sob a influência de álcool ou recusar-se a soprar o bafômetro são consideradas infrações gravíssimas, de acordo com os artigos 165 e 165-A. A multa para tais situações é de R$ 2.934,70. No caso de reincidência no período de 12 meses, a pena dobra (R$ 5.869,40) e a CNH é cassada.

Serviço

Blitz do bem
Data: 24 de fevereiro (quinta-feira)
Horário: das 11h às 13h
Endereço: cruzamento das Avenidas Francisco Glicério e Aquidabã, Centro, Campinas - SP

Sobre o Vera Cruz Hospital

Em 78 anos de existência, o Hospital Vera Cruz é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar, sem preconceitos ou psicofobia.

O Vera Cruz dispõe de 167 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade.

A Instituição conta também com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Câmara Hiperbárica Monoplace, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz.

Em quatro anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia. Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais.

Há 30 anos, o Vera Cruz inaugurou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association.


Setembro Amarelo: agir salva vidas

Setembro Amarelo: Agir salva vidas

Por Dr. Petrus Raulino

Close-up Dr. Petrus Raulino

Setembro Amarelo em 2021

Setembro Amarelo é conhecido como o “Mês de Conscientização para Prevenção ao Suicídio” e o tema definido para campanha deste ano é “Agir salva vidas”.

Mais do que falar, é fundamental tomar atitudes efetivas para evitarmos os casos.

Cuidar da saúde mental, reconhecer sintomas e buscar tratamento são ações que fazem toda a diferença.

Em 2021, especificamente, a campanha chega em um contexto singular, pois já são quase dois anos de pandemia da COVID-19.

E um corpo substancial de evidências científicas tem demonstrado que a solidão e o isolamento social elevam o risco de mortalidade prematura de modo comparável ??a outros fatores de risco, como hipertensão, tabagismo e obesidade, por exemplo.

O impacto da pandemia na saúde mental

Com o isolamento, a saúde mental da população tornou-se mais fragilizada. Tivemos muitas vidas perdidas e um aumento da incerteza econômica. Com isso, observamos cada vez mais relatos de ansiedade, depressão, Síndrome de Burnout e tantos outros transtornos mentais.

Durante a pandemia, o potencial para deterioração da saúde mental ou recorrência de sintomas psiquiátricos graves tornou-se elevado.  Portanto, o enfoque nas necessidades das pessoas com transtornos mentais, ou cuja saúde mental é vulnerável, passou a ser primordial para salvar vidas.

A prevenção ao suicídio na “Era Covid” requer a abordagem não somente de fatores de risco acentuados pelos desdobramentos sociais, econômicos, e até mesmo de luto oriundos do pior surto viral em 100 anos, mas também de elementos já presentes sem a pandemia, dentre os quais os transtornos mentais.

Dezenas de estudos usando métodos de autópsia psicológica demonstraram que mais de 90% dos casos de suicídio estão associados a complicações mentais. Por isso, um dos fatores mais importantes para um efetivo resguardo de vidas é o tratamento.

Portanto, este é mais um momento da história em que a prevenção ao suicídio deve ser priorizada como um grave problema de saúde pública. A identificação e o tratamento dos transtornos mentais pelo médico psiquiatra estão entre os principais fatores de inibição de casos. Juntamente com o acompanhamento psicológico, o tratamento psiquiátrico ajuda a salvar vidas.

Sobre o Vera Cruz Hospital

Em 77 anos de existência, o Hospital Vera Cruz é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar.

O Vera Cruz dispõe de 167 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade.

A Instituição conta também com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Câmara Hiperbárica Monoplace, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio-x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz.

Em quase quatro anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia.

Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais.

Há 30 anos, o Vera Cruz inaugurou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor, quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association.

Referências

1. Associação Brasileira de Psiquiatria e Conselho Federal de Medicina. (2014). Suicídio: Informando para prevenir. Brasília.
2. Associação Brasileira de Psiquiatria (2021). Setembro Amarelo: AGIR SALVA VIDAS! Acesso em: <https://www.abp.org.br/post/setembro-amarelo-agir-salva-vidas>.
3. Moutier, C. (2021). Suicide prevention in the COVID-19 era: transforming threat into opportunity. JAMA psychiatry, 78(4), 433-438.

(*) Dr. Petrus Raulino é coordenador do Serviço de Interconsulta Psiquiátrica do Vera Cruz Hospital
(Foto: Dr. Petrus Raulino / Crédito: Divulgação)

Publicado em
radarc.com.br/setembro-amarelo-agir-salva-vidas/
portalhospitaisbrasil.com.br/artigo-setembro-amarelo-agir-salva-vidas/
jornalacoplan.com.br/2021/09/22/setembro-amarelo-agir-salva-vidas/

Gravidade clínica e metabolismo do cálcio no Transtorno Bipolar

Gravidade clínica e metabolismo do cálcio no Transtorno Bipolar

Por Dr. Petrus Raulino

Uma pesquisa publicada na revista Brain Science e realizada pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade de Campania, Itália, sugere que a homeostase do cálcio pode desempenhar um papel na gravidade do Transtorno Bipolar.

Níveis séricos de cálcio, vitamina D e paratormônio (PTH) podem teoricamente ser usados como marcadores de inflamação crônica e, consequentemente, de neuroinflamação.

A homeostase do cálcio está implicada em vários processos fisiológicos, como o equilíbrio da homeostase do sistema músculo-esquelético, a modulação imunológica, o sistema de defesa antioxidante e em diversos processos inflamatórios.

Já o PTH (hormônio da paratireóide) regula os níveis de cálcio circulante e intracelular no Sistema Nervoso Central. Em níveis elevados, pode induzir morte celular por sobrecarga de cálcio.

O PTH também promove a conversão da vitamina D em sua forma ativa, estando envolvido na regulação neuroprotetora e anti-inflamatória. A vitamina D modula a síntese de neurotransmissores, influenciando o humor.

Altos níveis de PTH podem estar associados a danos neurais e são associados a maior ônus e piores resultados clínicos do Transtorno Bipolar.

No estudo publicado, foram selecionados 199 pacientes com Transtorno Bipolar tipo 1 (54,8%) ou tipo 2. Nenhum paciente apresentava comorbidades neurológicas ou abuso de substâncias. Foram obtidas amostras de sangue para os exames de todos.

Resultados da pesquisa

O principal achado do estudo foi a associação entre níveis elevados de PTH e gravidade do Transtorno Bipolar, o que pode ser devido a vários fatores.

Primeiro, os níveis de PTH podem influenciar os níveis de neuroinflamação crônica, que está significativamente associada a um maior ônus da doença e uma apresentação clínica mais grave do transtorno.

Altos níveis de PTH podem levar a alterações dos neurotransmissores, desenvolvimento cerebral disfuncional, redução da imunorregulação e ações anti-inflamatórias.

Segundo, a relação entre os níveis elevados de PTH e a idade de início pode ser devido a uma deficiência crônica de vitamina D, que desencadeia o processo de neuroinflamação.

Terceiro, a associação entre comportamentos agressivos e níveis elevados de PTH pode ser explicada pelo papel do desequilíbrio do cálcio na síntese de neurotransmissores de serotonina através das vias do triptofano.

Por fim, sabe-se que 25% dos pacientes tratados com lítio podem apresentar hipercalcemia secundária a aumento dos níveis de PTH.

Conclusão

Os resultados sugerem que o desequilíbrio do cálcio pode influenciar o prognóstico de longo prazo da patologia Bipolar. Os níveis de PTH, vitamina D e cálcio nos pacientes com Transtorno Bipolar devem ser acompanhados por serem um marcador de gravidade clínica.

 

Referências

Steardo, L., Luciano, M., Sampogna, G., Carbone, E. A., Caivano, V., Di Cerbo, A., ... & Fiorillo, A. (2020). Clinical severity and calcium metabolism in patients with bipolar disorder. Brain sciences, 10(7), 417.

Milenkovic, V. M., Stanton, E. H., Nothdurfter, C., Rupprecht, R., & Wetzel, C. H. (2019). The role of chemokines in the pathophysiology of major depressive disorder. International journal of molecular sciences, 20(9), 2283.

Naifar, M., Guidara, W., Ellouze, A. S., Jmal, K., Omri, S., Messedi, M., ... & Ayadi, F. (2019). Bipolar disorder vulnerability: The vitamin D path. Canadian journal of psychiatry. Revue canadienne de psychiatrie, 65(3), 184-192.

Meehan, A. D., Udumyan, R., Kardell, M., Landén, M., Järhult, J., & Wallin, G. (2018). Lithium-associated hypercalcemia: pathophysiology, prevalence, management. World journal of surgery, 42(2), 415-424.

Altunsoy, N., Yüksel, R. N., Cingi Yirun, M., K?l?çarslan, A., & Aydemir, Ç. (2018). Exploring the relationship between vitamin D and mania: correlations between serum vitamin D levels and disease activity. Nordic journal of psychiatry, 72(3), 221-225.


Epigenética da depressão

Epigenética da depressão

Por Dr. Petrus Raulino

Sabe-se que o estresse pode desencadear a depressão. Por isso, a concepção atual sobre a etiologia da depressão leva em consideração fatores ambientais e genéticos, interagindo e modulando uns aos outros.

Nos últimos anos, tem crescido a base de evidência da epigenética como um terceiro fator plausível.

Um artigo publicado no periódico Journal of Personalized Medicine revisou estudos recentes que sugerem uma associação significativa entre epigenética e mecanismos moleculares da depressão, assim como da resposta ao tratamento.

O que é Epigenética?

Epigenética é o conjunto de modificações genéticas herdáveis que não alteram a sequência do DNA.

Modificações epigenéticas

As modificações epigenéticas não estão restritas a uma fase específica da vida. Ou seja, ocorrem desde a fecundação e continuam a acontecer durante toda a vida. Além disso, são sensíveis a mudanças ambientais.

As modificações epigenéticas podem ser divididas em: metilação do DNA, modificação pós-traducional da histona e interferência de microRNA (miRNA) ou de RNA não codificante longo (lncRNA).

As modificações epigenéticas são capazes de influenciar a gravidade da doença e o resultado da farmacoterapia.

Há marcas epigenéticas que são introduzidas durante eventos prejudiciais no início da vida, refletindo uma maior vulnerabilidade à depressão ao longo da vida do indivíduo.

Resultados do estudo

O estudo concluiu que muitas evidências sugerem fortemente que as modificações epigenéticas estão associadas à etiopatogênese da depressão, neuroplasticidade, tratamento com antidepressivos e, mais que isso, podem ser consideradas como potenciais biomarcadores da depressão.

Os dados apresentados também sugeriram que, do ponto de vista clínico, inibidores de histona desacetilase (HDACis) poderiam servir como novos agentes antidepressivos mesmo em um futuro próximo.

Além disso, embora o envolvimento da metilação do DNA, de modificações de histonas e de mudanças na expressão de miRNA tenha sido substancialmente investigado na patogênese e terapia da depressão, a pesquisa voltada para lncRNAs ainda é muito incipiente.

Portanto, estudar as interações entre lncRNAs, miRNAs e vários mRNAs alvo pode ser um caminho interessante para pesquisas futuras.

 

Referências

Czarny, P., Bia?ek, K., Zió?kowska, S., Strycharz, J., Barszczewska, G., & Sliwinski, T. (2021). The importance of epigenetics in diagnostics and treatment of major depressive disorder. Journal of Personalized Medicine, 11(3), 167.

Armeev, G. A., Kniazeva, A. S., Komarova, G. A., Kirpichnikov, M. P., & Shaytan, A. K. (2021). Histone dynamics mediate DNA unwrapping and sliding in nucleosomes. Nature communications, 12(1), 1-15.

Liu, N., Wang, Z. Z., Zhao, M., Zhang, Y., & Chen, N. H. (2020). Role of non-coding RNA in the pathogenesis of depression. Gene, 735, 144276.

Brown, A., Fiori, L. M., & Turecki, G. (2019). Bridging basic and clinical research in early life adversity, DNA methylation, and major depressive disorder. Frontiers in genetics, 10, 229.

Lisoway, A. J., Zai, C. C., Tiwari, A. K., & Kennedy, J. L. (2018). DNA methylation and clinical response to antidepressant medication in major depressive disorder: a review and recommendations. Neuroscience letters, 669, 14-23.


COVID-19 afeta a neurobiologia do suicídio?

COVID-19 afeta a neurobiologia do suicídio?

Por Dr. Petrus Raulino

Uma revisão publicada na revista Current Psychiatry Reports analisou o efeito da COVID-19 nas características biológicas da vulnerabilidade ao suicídio e sua interação com as vias biológicas relacionadas ao suicídio.

A hipótese é que o SARS-CoV-2 interage com vários processos biológicos subjacentes ao comportamento suicida, como o sistema renina-angiotensina, receptores nicotínicos (desregulação da via anti-inflamatória colinérgica) e inflamação central e sistêmica.

Além disso, as medidas de distanciamento social também podem piorar a desconexão social objetiva (distanciamento físico) ou subjetiva (solidão), aumentando o risco principalmente em pessoas com predisposição para transtornos mentais.

Quanto ao sistema renina-angiotensina, pesquisas recentes sobre a COVID-19 demonstraram que o vírus entra nas células hospedeiras por meio da interação de sua proteína “spike” com o receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE-2), diminuindo a atividade da mesma.

Ao desequilibrar as vias metabólicas da ACE/ACE-2, a COVID-19 pode teoricamente afetar a vulnerabilidade para o suicídio em indivíduos que carregam os genótipos de “risco” da ACE.

Os pacientes em risco de suicídio podem apresentar maior suscetibilidade à desregulação do eixo hipotálamo-hipófise adrenal após a infecção por SARS-CoV-2 porque o vírus tem como alvo o ACE-2 e pode afetar o equilíbrio ACE/ACE-2 que está associado à desregulação do eixo hipotálamo-hipófise adrenal em indivíduos deprimidos.

A inflamação relacionada à COVID-19 também pode se estender ao Sistema Nervoso Central por meio da quebra da barreira hematoencefálica, neuroinvasão viral e secreção de citocinas.

Nas infecções virais, vários mecanismos podem relacionar-se a neuroinflamação: transporte axonal retrógrado do vírus da mucosa respiratória, inflamação periférica que modula a função cerebral e migração de células mononucleares transportando o vírus através da barreira hematoencefálica.

No cérebro, a infecção por SARS-CoV-2 pode teoricamente iniciar uma inflamação crônica de baixo grau que altera as funções cognitivas e induz neurotoxicidade e neurodegenaração, preparando assim o terreno para a ocorrência de transtornos psiquiátricos.

O conhecimento das interações entre a COVID-19 e a neurobiologia do suicídio pode trazer benefícios para o desenvolvimento de tratamentos de prevenção ao suicídio no contexto da pandemia.

Além disso, pode ajudar a desmistificar a busca por tratamento com médico psiquiatra e medicamentos contra a Covid.

 

Referências

Conejero, I., Nobile, B., Olié, E., & Courtet, P. (2021). How does COVID-19 affect the neurobiology of suicide?. Current psychiatry reports, 23(4), 1-13.

Lan, J., Ge, J., Yu, J., Shan, S., Zhou, H., Fan, S., ... & Wang, X. (2020). Structure of the SARS-CoV-2 spike receptor-binding domain bound to the ACE2 receptor. Nature, 581(7807), 215-220.

Zheng, Y. Y., Ma, Y. T., Zhang, J. Y., & Xie, X. (2020). COVID-19 and the cardiovascular system. Nature Reviews Cardiology, 17(5), 259-260.

Hoffmann, M., Kleine-Weber, H., Schroeder, S., Krüger, N., Herrler, T., Erichsen, S., ... & Pöhlmann, S. (2020). SARS-CoV-2 cell entry depends on ACE2 and TMPRSS2 and is blocked by a clinically proven protease inhibitor. cell, 181(2), 271-280.

Farsalinos, K., Niaura, R., Le Houezec, J., Barbouni, A., Tsatsakis, A., Kouretas, D., ... & Poulas, K. (2020). Nicotine and SARS-CoV-2: COVID-19 may be a disease of the nicotinic cholinergic system. Toxicology reports, 7, 658.

Mamdani, M., Gomes, T., Greaves, S., Manji, S., Juurlink, D. N., Tadrous, M., ... & Antoniou, T. (2019). Association between angiotensin-converting enzyme inhibitors, angiotensin receptor blockers, and suicide. JAMA network open, 2(10), e1913304-e1913304.

Ancelin, M. L., Carrière, I., Scali, J., Ritchie, K., Chaudieu, I., & Ryan, J. (2013). Angiotensin-converting enzyme gene variants are associated with both cortisol secretion and late-life depression. Translational psychiatry, 3(11), e322-e322.

Sparks, D. L., Hunsaker III, J. C., Amouyel, P., Malafosse, A., Bellivier, F., Leboyer, M., ... & Helbecque, N. (2009). Angiotensin I?converting enzyme I/D polymorphism and suicidal behaviors. American Journal of Medical Genetics Part B: Neuropsychiatric Genetics, 150(2), 290-294.

Hishimoto, A., Shirakawa, O., Nishiguchi, N., Hashimoto, T., Yanagi, M., Nushida, H., ... & Maeda, K. (2006). Association between a functional polymorphism in the renin-angiotensin system and completed suicide. Journal of neural transmission, 113(12), 1915-1920.

Baghai, T. C., Schule, C., Zwanzger, P., Minov, C., Zill, P., Ella, R., ... & Rupprecht, R. (2002). Hypothalamic-pituitary-adrenocortical axis dysregulation in patients with major depression is influenced by the insertion/deletion polymorphism in the angiotensin I-converting enzyme gene. Neuroscience letters, 328(3), 299-303.


Medicina de precisão para transtornos de humor

Medicina de precisão para transtornos de humor

Por Dr. Petrus Raulino

O que são os transtornos de humor?

Os transtornos de humor afetam 1 em cada 4 pessoas ao longo da vida. Além de incapacitantes, são também co-mórbidos com outros transtornos psiquiátricos.

Devido à falta de testes objetivos para diagnóstico e ao estigma, os transtornos de humor costumam ser subdiagnosticados ou mal diagnosticados (por ex., diagnóstico de depressão em vez de transtorno bipolar).

Estudo sobre medicina de precisão

Para mudar o processo frequentemente longo de obter um diagnóstico e tratamento psiquiátrico, uma equipe da Indiana University of Medicine analisou como a medicina de precisão, através de biomarcadores sanguíneos de expressão gênica, poderia ajudar nesse cenário. 

O estudo foi publicado na revista Molecular Psychiatry.

Os biomarcadores indicam a ocorrência de uma determinada função normal ou patológica de um organismo ou uma resposta a um agente farmacológico. Eles são usados, principalmente, para o diagnóstico ou para identificar riscos de ocorrência de uma doença em um paciente.

No estudo, foram encontrados 26 biomarcadores sanguíneos de expressão gênica principais, cujas análises foram levadas adiante. Os biomarcadores foram testados quanto à capacidade preditiva e utilidade clínica em coortes independentes adicionais. 

Para o estudo, foram recrutados voluntários em três coortes independentes:

  1. descoberta” de 26 biomarcadores (uma coorte longitudinal de indivíduos com mudanças diametralmente opostas no estado de humor em pelo menos duas visitas de teste consecutivas); 
  2. validação dos 26 biomarcadores “descobertos” (uma coorte independente de indivíduos com depressão ou mania clinicamente grave); 
  3. teste dos 26 biomarcadores “descobertos” (uma coorte independente para testar a capacidade dos biomarcadores de predizer estados de humor, depressão clínica ou mania, e para predizer futuras hospitalizações por depressão ou mania).

Resultados da pesquisa

Os resultados da pesquisa mostraram a utilidade dos biomarcadores para avaliar riscos que impactam a evolução clínica de pacientes com transtornos de humor.

Esse trabalho foi um grande passo em direção à compreensão, diagnóstico e tratamento dos transtornos de humor. 

A expectativa é de que futuramente os biomarcadores preditores de risco possam ser úteis em abordagens preventivas, antes que se manifeste o transtorno totalmente desenvolvido ou ocorra recidiva. 

 

Referências

Le-Niculescu, H., Roseberry, K., Gill, S. S., Levey, D. F., Phalen, P. L., Mullen, J., ... & Niculescu, A. B. (2021). Precision medicine for mood disorders: objective assessment, risk prediction, pharmacogenomics, and repurposed drugs. Molecular Psychiatry, 1-29.

Lenze, E. J., Rodebaugh, T. L., & Nicol, G. E. (2020). A framework for advancing precision medicine in clinical trials for mental disorders. JAMA psychiatry77(7), 663-664.

Alhajji, L., & Nemeroff, C. B. (2015). Personalized medicine and mood disorders. Psychiatric Clinics38(3), 395-403.