Setembro amarelo: entenda a importância fundamental da campanha

Setembro Amarelo é uma campanha essencial que acontece todos os anos para conscientizar sobre a prevenção ao suicídio. Durante esse mês, os esforços são direcionados a divulgar conhecimento sobre os transtornos mentais e destacar a importância de dar suporte para quem está em risco. 

Neste post, vamos entender um pouco mais sobre o comportamento suicida, suas variações e porquê devemos contribuir ao máximo para que campanhas como o Setembro Amarelo tenham o alcance necessário. 

Transtornos mentais e suicídio

Os transtornos mentais desempenham um papel significativo no risco de suicídio. Estima-se que cerca de 90% dos casos de suicídio estejam associados a transtornos mentais que poderiam ser tratados com a intervenção adequada. 

Transtornos como depressão, bipolaridade e esquizofrenia frequentemente estão ligados a sentimentos intensos de desesperança e desespero, fatores que podem levar a pensamentos suicidas.

É crucial entender como conscientizar as pessoas do setembro amarelo, pois através do  tratamento adequado, que pode incluir terapia, medicação e suporte psicológico, é possível aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. 

Grupos de diagnósticos relacionados ao suicídio

Existem quatro principais grupos de diagnósticos que podem estar associados a comportamento suicida, mas vale lembrar que a maioria das pessoas que apresentam esses diagnósticos não manifestam comportamento suicida.

Transtornos de humor

Os transtornos de humor, como a depressão e o transtorno bipolar, podem estar associados ao risco de suicídio. Esses transtornos podem afetar profundamente o estado emocional da pessoa, levando a sentimentos intensos de tristeza, desesperança e irritabilidade.

  • Depressão: caracteriza-se por uma persistente sensação de tristeza e perda de interesse em atividades anteriormente prazerosas. Outros sintomas incluem mudanças no apetite e sono, fadiga e dificuldade de concentração. O tratamento é fundamental para evitar o agravamento da condição e reduzir o risco de suicídio, especialmente nos casos de risco.
  • Transtorno bipolar: envolve mudanças extremas de humor, desde episódios de euforia e hiperatividade (mania) até períodos de profunda depressão. Essas oscilações podem aumentar o risco de comportamento suicida, principalmente durante os episódios depressivos.

O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para controlar os sintomas e prevenir consequências graves.

Transtornos por uso de substâncias

Transtornos por uso de substâncias psicoativas, como o abuso ou dependência de álcool e drogas, têm uma forte relação com o comportamento suicida. O uso de substâncias pode agravar problemas de saúde mental, levando a um aumento dos sentimentos de desesperança e impulsividade.

As substâncias psicoativas podem distorcer o pensamento, instabilizar as emoções, alterar o julgamento e reduzir a capacidade de lidar com o estresse, aumentando a propensão a pensamentos suicidas.

Transtornos de personalidade

Os transtornos de personalidade emocionalmente instável, como o transtorno de personalidade borderline, são caracterizados por instabilidade emocional e comportamental. Esses transtornos também podem levar a comportamentos impulsivos e autodestrutivos.

Os sintomas incluem mudanças abruptas no humor, relacionamentos instáveis e sentimentos crônicos de vazio e raiva. Esses sintomas podem aumentar o risco de comportamento suicida.

Transtornos psicóticos

Os transtornos psicóticos, como a esquizofrenia, envolvem uma desconexão com a realidade, que pode incluir alucinações e delírios. Essas condições podem aumentar o risco de suicídio devido à gravidade dos sintomas e ao impacto na percepção da realidade.

O tratamento desses transtornos pode ser complexo e envolve medicação antipsicótica e terapia. Manter o tratamento é crucial para reduzir o risco de comportamento suicida e melhorar a qualidade de vida.

Cada um desses grupos de diagnósticos exige uma abordagem específica para tratamento e manejo, e a identificação precoce e o suporte adequado são fundamentais para prevenir o suicídio.

Comportamento suicida

O comportamento suicida pode variar amplamente em gravidade, desde pensamentos casuais e não planejados até tentativas de suicídio. Esses comportamentos são sinais críticos que indicam a necessidade urgente de intervenção e suporte.

  • Pensamentos casuais: algumas pessoas podem ter pensamentos passageiros de suicídio, geralmente como uma forma de expressar dor ou desespero. Embora possam parecer menos graves, esses pensamentos devem ser levados a sério para que sejam tratados de modo a não evoluírem para uma condição de maior gravidade.
  • Planejamento: quando alguém começa a planejar como cometer suicídio, isso indica um aumento significativo no risco. O planejamento pode incluir pesquisar métodos ou fazer preparativos, e é um sinal claro de que a pessoa precisa de ajuda imediata.
  • Tentativas de suicídio: as tentativas de suicídio são ações concretas em que a pessoa tenta acabar com a própria vida. Este é um sinal grave e uma emergência médica que requer intervenção imediata.

Cada um desses comportamentos, independentemente de sua gravidade aparente, deve ser tratado como uma emergência médica. Ignorar ou minimizar esses sinais pode ter consequências fatais.

O impacto do suicídio na rede de relacionamentos

O suicídio tem um impacto devastador sobre aqueles que ficam para trás, transformando profundamente a vida das pessoas próximas. Estudos mostram que, em média, cada suicídio afeta diretamente cerca de seis pessoas próximas, como familiares e amigos, que enfrentam um luto intenso e complicado.

As pessoas que perdem um ente querido para o suicídio frequentemente experimentam uma série de emoções, incluindo estado de choque, culpa, raiva e tristeza. A dor e o luto podem ser profundos e duradouros, afetando a saúde mental e emocional dos enlutados.

É crucial oferecer apoio psicológico aos enlutados para ajudá-los a processar a perda e a encontrar maneiras de lidar com a dor. Grupos de apoio e terapia podem fornecer um espaço seguro para expressar sentimentos e começar o processo de tratamento.

Comportamento suicida é emergência médica

Qualquer manifestação de comportamento suicida, desde pensamentos casuais até tentativas concretas, deve ser tratada como uma emergência médica. Não há grau de gravidade que possa ser ignorado, pois qualquer sinal pode ser um indicador de um risco sério e iminente.

A urgência em tratar o comportamento suicida não pode ser subestimada. Ignorar esses sinais pode ter consequências trágicas, e a intervenção imediata é essencial para garantir a segurança da pessoa em risco e oferecer o suporte necessário.

Campanhas como o Setembro Amarelo desempenham um papel crucial nessa missão, promovendo a conscientização e encorajando a busca de ajuda. Elas ajudam a desmistificar o tema, incentivar o diálogo aberto e garantir que pessoas em crise saibam que há apoio disponível. 

Mas qual a importância do Setembro Amarelo? Essa campanha vai além da simples conscientização, oferecendo uma oportunidade para que a sociedade reflita sobre a saúde mental, rompendo estigmas e salvando vidas através do acesso a informações e recursos de apoio.

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando pensamentos suicidas, busque ajuda imediata. Entre em contato com profissionais de saúde, linhas de apoio e serviços de emergência. Lembre-se: não há problema em pedir ajuda, e a intervenção precoce é a chave para a prevenção e a recuperação!

E se você quer continuar se informando sobre os mais diversos temas que envolvem  saúde mental, leia outros posts aqui no Blog do Dr. Petrus.


Entendendo a demência na doença de Alzheimer: sintomas, diagnóstico e tratamento

Entender sobre a demência na doença de Alzheimer é fundamental para lidar com esta doença neurodegenerativa complexa que afeta milhões de pessoas globalmente.

Esta condição leva a deterioração progressiva das funções cognitivas, como memória e linguagem, devido ao acúmulo de placas de proteína beta-amilóide e formação de emaranhados neurofibrilares de proteína tau no cérebro.

Diagnosticar precocemente é importante para iniciar tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

A pesquisa atual concentra-se em novos medicamentos, avanços em tecnologias de imagem e estratégias de cuidado não farmacológicas.

Compreender esses aspectos não apenas ajuda no manejo da doença, mas também oferece esperança através de terapias mais eficazes e personalizadas.

História da demência de Alzheimer

A história da demência de Alzheimer remonta ao início do século XX, quando o médico alemão Alois Alzheimer descreveu pela primeira vez a condição em uma paciente de 51 anos. Ele observou um quadro demencial clinicamente caracterizado por mudanças progressivas profundas no comportamento e na memória da paciente, que faleceu em 1906. Ao examinar seu cérebro post-mortem, o Dr. Alzheimer identificou um cérebro com uma doença com características distintas, como placas e emaranhados anormais.

Desde então, pesquisadores têm continuado a investigar e compreender melhor a doença. Nos anos subsequentes, estudos adicionais expandiram o conhecimento sobre os mecanismos neuropatológicos que levam à demência de Alzheimer, incluindo o papel das proteínas beta-amilóide e tau na degeneração neuronal.

A descoberta de genes associados à demência na doença de Alzheimer nas décadas de 1990 e 2000 trouxe novas informações sobre os fatores genéticos predisponentes à doença. Esses avanços permitiram o desenvolvimento de testes genéticos e abriram caminho para estudos mais direcionados sobre prevenção e tratamento.

Atualmente, a história do conhecimento sobre a demência na doença de Alzheimer continua a evoluir com avanços significativos em neuroimagem, biomarcadores e terapias experimentais.

A compreensão cada vez maior da complexidade da doença impulsiona a busca por intervenções mais eficazes e estratégias preventivas para enfrentar este desafio crescente de saúde pública global.

O que é a demência na doença de Alzheimer e sua importância médica?

A demência na doença de Alzheimer - comumente chamada de demência de Alzheimer - é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente idosos, caracterizada por perda da capacidade funcional devido ao declínio progressivo nas funções cognitivas, como memória e linguagem.

A doença de Alzheimer, por sua vez, é o conjunto de alterações biológicas no tecido cerebral caracterizado pelo acúmulo anormal de placas de proteína beta-amilóide e pela formação de emaranhados neurofibrilares no cérebro, resultando na perda gradual de células nervosas que leva progressivamente ao quadro demencial.

A importância médica da demência de Alzheimer é extremamente significativa devido à sua crescente prevalência global, representando um desafio substancial para pacientes, cuidadores e sistemas de saúde.

Diagnosticar a doença precocemente é crucial para iniciar intervenções terapêuticas e de suporte adequadas, que não apenas ajudam a retardar a progressão da doença, mas também melhoram significativamente a qualidade de vida dos afetados.

Atualmente, a pesquisa está intensamente focada no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e estratégias preventivas para enfrentar esse problema de saúde pública crescente.

Compreender continuamente os mecanismos subjacentes à demência de Alzheimer é essencial para avançar no diagnóstico precoce e no manejo da doença, oferecendo esperança para o futuro na luta contra essa condição incapacitante.

Investimentos significativos em pesquisa estão sendo feitos para identificar biomarcadores precoces, explorar novas terapias farmacológicas e não farmacológicas, e investigar fatores genéticos e ambientais que podem influenciar o desenvolvimento da doença.

Esses esforços são essenciais para encontrar soluções eficazes que possam fazer uma diferença tangível na vida dos pacientes e suas famílias.

Sobre a demência de Alzheimer

A demência de Alzheimer é uma condição cerebral progressiva e irreversível que afeta mais de 6,5 milhões de americanos com 65 anos ou mais. Essa condição gradualmente compromete a memória, as habilidades de pensamento e, progressivamente, a capacidade de realizar tarefas simples, tornando-se a forma mais comum de demência entre os idosos e uma preocupação significativa de saúde pública.

Embora as causas específicas da doença de Alzheimer não sejam totalmente conhecidas, atualmente a ciência considera que a doença deve-se essencialmente  ao acúmulo de placas beta-amilóides e, consequentemente, à formação de emaranhados neurofibrilares de proteína tau no cérebro.

Essas alterações resultam na perda de neurônios e suas conexões, impactando severamente a capacidade de lembrar, pensar e se comunicar. À medida que avança, os sintomas se intensificam, levando à necessidade de assistência completa.

Inicialmente, a doença de Alzheimer se manifesta com perda de memória recente, dificuldade em encontrar palavras e desorientação temporal. Com a progressão, surgem desorganização mental, alterações de humor e comportamento, além de dificuldades com linguagem e coordenação. Eventualmente, os pacientes perdem a capacidade de realizar atividades cotidianas e reconhecer entes queridos.

Além do impacto devastador para os pacientes, a demência de Alzheimer impõe um ônus significativo aos cuidadores e sistemas de saúde, elevando os custos e demandando cuidados especializados à medida que a doença avança. Investigações contínuas são cruciais para melhorar o entendimento da doença e desenvolver tratamentos mais eficazes e estratégias preventivas.

A educação e conscientização sobre a doença de Alzheimer são essenciais para diagnóstico precoce e manejo adequado, promovendo melhor qualidade de vida para todos afetados.

Epidemiologia da demência de Alzheimer

A epidemiologia da demência de Alzheimer revela-se uma preocupação crescente à medida que a população global envelhece. Estima-se que mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com demência de Alzheimer ou outra forma de demência, e esse número deve quase triplicar até 2050. A prevalência de demência varia significativamente por região e está intimamente ligada ao aumento da expectativa de vida.

Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 6 milhões de pessoas têm demência de Alzheimer, e esse número continua a aumentar. Na Europa, a doença afeta aproximadamente 10 milhões de indivíduos, enquanto na Ásia a prevalência também está em ascensão devido ao envelhecimento populacional e mudanças no estilo de vida.

A incidência de demência de Alzheimer é maior em idosos, com a idade sendo o principal fator de risco. Ainda assim, casos diagnosticados em pessoas mais jovens, embora mais raros, indicam uma variedade na apresentação da doença.

O crescente ônus social e econômico da demência de Alzheimer aumenta a necessidade urgente de políticas de saúde pública que apoiem diagnósticos precoces, cuidados integrados e pesquisa contínua para tratamentos mais eficazes.

Essa compreensão epidemiológica é fundamental para orientar estratégias de prevenção e manejo da doença, garantindo melhores cuidados e qualidade de vida para pacientes e suas famílias.

Anatomia, histologia e fisiologia do cérebro

A anatomia, histologia e fisiologia do cérebro são fundamentais para entender a demência na doença de Alzheimer.

O cérebro humano é dividido em áreas que se conectam e desempenham funções complexas e relativamente específicas, como memória, linguagem e movimento. A camada externa, o córtex cerebral, é essencial para processos cognitivos complexos. As células nervosas, ou neurônios, transmitem sinais eletroquímicos através de conexões chamadas sinapses.

A comunicação entre neurônios é mediada por neurotransmissores, que desempenham um papel fundamental na transmissão de informações.

No contexto da doença de Alzheimer, mudanças patológicas afetam essas estruturas e processos. A acumulação de placas de proteína beta-amilóide e formação de emaranhados neurofibrilares interferem na função normal dos neurônios, levando à degeneração e morte celular.

Além do córtex cerebral, regiões como o hipocampo, crucial para a formação de novas memórias, são especialmente vulneráveis à doença de Alzheimer. O entendimento detalhado da anatomia, histologia e fisiologia do cérebro não apenas ajuda na compreensão dos sintomas da doença, mas também orienta a pesquisa de novas terapias e estratégias preventivas.

O conhecimento dessa base anatomopatológica e histofisiopatológica é essencial para a aplicação e o desenvolvimento de abordagens eficazes de diagnóstico e tratamento, visando mitigar o impacto devastador da doença de Alzheimer no funcionamento cerebral e na qualidade de vida dos pacientes.

Fatores de risco para a demência de Alzheimer

Os fatores de risco para a demência de Alzheimer abrangem uma variedade de influências genéticas e ambientais. A idade avançada é o principal fator, pois o risco de desenvolver a doença aumenta significativamente após os 65 anos. Histórico familiar também desempenha um papel importante, com estudos sugerindo que certas variantes genéticas podem aumentar a predisposição - a exemplo do gene ApoE ε4.

Estilo de vida desempenha um papel importante; por exemplo, uma dieta rica em antioxidantes e ácidos graxos ômega-3 pode ajudar a proteger contra a demência de Alzheimer. Além disso, atividade física regular e estimulação mental estão associadas a um menor risco.

Condições de saúde como hipertensão arterial, diabetes e obesidade também podem aumentar a vulnerabilidade à demência de Alzheimer, sugerindo uma ligação entre saúde cardiovascular e saúde cerebral.

Fatores ambientais como exposição a metais pesados ​​e toxinas podem desempenhar um papel, com pesquisas em andamento.

Compreender esses fatores de risco é crucial para orientar estratégias de prevenção. A promoção de hábitos de vida saudáveis, a monitorização de condições de saúde e o manejo de fatores de risco podem ajudar a reduzir a incidência da demência de Alzheimer e melhorar a saúde cerebral a longo prazo.

Diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce é importante na doença de Alzheimer porque permite o início imediato de tratamentos que podem retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Testes neuropsicológicos, que avaliam habilidades cognitivas como memória, linguagem e raciocínio, são fundamentais para detectar mudanças sutis que podem indicar transtorno neurocognitivo associado à doença de Alzheimer em seus estágios iniciais.

Avaliações clínicas detalhadas, incluindo histórico médico completo e exames físicos, ajudam a descartar outras condições que podem causar sintomas semelhantes.

Novas técnicas de exames de imagem cerebral, como tomografia por emissão de pósitrons (PET) e ressonância magnética funcional (fMRI), também são utilizadas para detectar alterações no cérebro associadas à doença de Alzheimer antes mesmo do aparecimento dos sintomas evidentes.

Mais recentemente, novas opções de exames com maior sensibilidade e especificidade têm sido incorporadas para fornecer com maior precisão o diagnóstico da doença de Alzheimer:

  1. PET-CT cerebral com marcador beta-amilóide: Utiliza imagens cerebrais para identificar depósitos de proteína beta-amilóide no cérebro, que são indicativos da doença.
  2. Líquido Cefalorraquidiano (LCR): Coletado em geral através de punção lombar, o LCR é analisado para detectar níveis anormais de proteínas beta-amilóide e tau.
  3. Exame de Sangue (tau-fosforilada 217, razão beta-amilóide 42/40, APS2): Avalia biomarcadores específicos no sangue que ajudam a identificar a presença da doença de Alzheimer.

Patologia da doença de Alzheimer

A patologia da doença de Alzheimer envolve mudanças complexas no cérebro que afetam diretamente a função cognitiva. A característica principal é o acúmulo de placas de proteína beta-amilóide entre os neurônios. Essas placas interferem na comunicação neuronal e contribuem para a morte celular.

Além das placas, há também a formação de emaranhados neurofibrilares dentro dos neurônios. Esses emaranhados são compostos por uma proteína chamada tau - que perde sua estrutura normal - e se agrupam anormalmente, causando disfunção celular adicional.

Essas alterações patológicas resultam na perda progressiva de conexões neuronais e na degeneração dos próprios neurônios, especialmente em áreas do cérebro responsáveis pela memória e outras funções cognitivas. A neuroinflamação crônica também é observada no cérebro de pacientes com demência de Alzheimer, contribuindo para o ciclo de danos celulares e neurodegeneração.

A compreensão detalhada desses processos é crucial para o desenvolvimento de tratamentos eficazes que possam interferir na progressão da doença.

Pesquisas atuais estão focadas em terapias que possam reduzir a formação de placas beta-amilóide e emaranhados neurofibrilares, bem como abordagens que visam a proteção neuronal e a redução da inflamação cerebral.

Essa visão da neuropatologia da doença de Alzheimer ajuda a elucidar os mecanismos biológicos subjacentes à demência e a orientar esforços contínuos para encontrar estratégias terapêuticas que possam melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados.

Sintomas iniciais da demência de Alzheimer

Os sintomas iniciais da demência de Alzheimer podem ser sutis e facilmente atribuídos ao envelhecimento normal. A perda de memória recente é frequentemente uma das primeiras manifestações, como esquecer eventos recentes ou repetir perguntas. Dificuldades em planejar ou resolver problemas simples também podem surgir, além de prejuízo na capacidade de realizar tarefas habituais.

À medida que a doença progride, os sintomas tornam-se mais evidentes. Desorientação sobre tempo e lugar é comum, assim como dificuldades na compreensão de imagens visuais e relacionamento de objetos. Problemas de linguagem, como substituir termos incorretamente ou dificuldade em encontrar palavras certas, são outros indicativos.

Além dos sintomas cognitivos, mudanças de humor e personalidade podem ocorrer, incluindo apatia, irritabilidade e ansiedade. À medida que a demência avança, a capacidade de realizar atividades diárias pode ser significativamente comprometida.

É fundamental reconhecer os sinais precoces para buscar avaliação médica especializada. Um diagnóstico precoce permite o início de intervenções adequadas, como terapias farmacológicas e não farmacológicas, que podem ajudar a retardar a progressão dos sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus cuidadores.

A conscientização sobre os sintomas iniciais do transtorno neurocognitivo associado à doença de Alzheimer não só promove uma intervenção mais adequada, mas também destaca a importância de cuidados preventivos e da pesquisa contínua para entender melhor e tratar esta doença neurodegenerativa complexa.

Variações dos sintomas

Os sintomas iniciais da doença de Alzheimer podem variar amplamente de pessoa para pessoa, mas dois aspectos adicionais importantes a serem considerados são:

  1. Problemas de orientação: indivíduos podem começar a apresentar dificuldades em se orientar no tempo e no espaço. Isso pode se manifestar através de confusão sobre datas, estações do ano ou até mesmo onde estão localizados em momentos específicos.
  2. Prejuízo na tomada de decisões: outro sintoma precoce inclui dificuldades na tomada de decisões simples do dia a dia. Isso pode ser observado em situações como escolher roupas apropriadas para o clima ou decidir o que comer em uma refeição, evidenciando um declínio gradual na capacidade de realizar tarefas cotidianas de forma autônoma.

Reconhecer esses sinais adicionais pode ajudar na identificação precoce da doença de Alzheimer, facilitando intervenções que podem ajudar a retardar sua progressão e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Progressão dos sintomas

A progressão dos sintomas da demência de Alzheimer varia de pessoa para pessoa, mas segue um padrão geral de deterioração gradual das funções cognitivas e comportamentais.

Inicialmente, sintomas leves como esquecimento ocasional e dificuldade em encontrar palavras podem surgir. Com o tempo, problemas de memória se agravam, afetando a capacidade de recordar eventos recentes e reconhecer pessoas próximas.

À medida que a doença progride para estágios mais avançados, outras habilidades cognitivas são afetadas. A linguagem pode deteriorar-se significativamente, levando a dificuldades na comunicação verbal. Além disso, habilidades motoras podem ser comprometidas, tornando difícil realizar tarefas simples do dia a dia.

Os sintomas comportamentais também se intensificam com o tempo. Pacientes podem apresentar mudanças de humor mais frequentes e imprevisíveis, como irritabilidade, agitação ou apatia.

Com a progressão da demência, é comum observar desorientação espacial e temporal mais pronunciada, além de necessidade crescente de assistência para atividades básicas como alimentação e higiene pessoal.

Entender a progressão gradual da demência de Alzheimer é fundamental para planejar cuidados e suporte adequados ao longo do tempo. Isso inclui ajustes na rotina diária, implementação de estratégias para manter a segurança do paciente e garantir que suas necessidades médicas e emocionais sejam atendidas de maneira compassiva e eficaz.

Estágios da progressão

A demência de Alzheimer progride tipicamente por três estágios principais: inicial, intermediário e avançado. Cada estágio apresenta sintomas específicos que afetam progressivamente a capacidade cognitiva, funcional e comportamental do paciente.

Variações da demência de Alzheimer

  1. Demência de Alzheimer esporádica: Este é o tipo mais comum de demência de Alzheimer, representando até 95% dos casos. Não há um padrão genético claro e é geralmente atribuído a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. 

A idade de início pode variar, mas geralmente ocorre após os 65 anos. Os sintomas desenvolvem-se gradualmente ao longo do tempo, afetando a memória, linguagem e outras funções cognitivas.

  1. Demência de Alzheimer familiar ou genética: Este tipo é menos comum, representando aproximadamente 5% dos casos. Em geral, é herdado de forma dominante e tende a se manifestar em idades mais jovens, por volta dos 30 aos 60 anos.

É causado por mutações genéticas específicas, como nos genes APP, PSEN1 e PSEN2. Pessoas com histórico familiar positivo têm um risco maior de desenvolver a doença em comparação com a população em geral.

  1. Demência de Alzheimer precoce: Também conhecido como demência de Alzheimer de início precoce ou de início antes dos 65 anos, este tipo afeta indivíduos mais jovens.

É menos comum e pode estar associado a variantes genéticas específicas que causam a doença em idades mais jovens do que a demência de Alzheimer tardia.

  1. Demência de Alzheimer tardia: É o tipo mais comum de demência de Alzheimer e geralmente afeta pessoas acima de 65 anos. A idade avançada é o principal fator de risco, e o desenvolvimento da doença está frequentemente relacionado a fatores como idade, histórico familiar e condições de saúde geral.

Compreender essas diferentes apresentações da demência de Alzheimer é crucial para diagnósticos precisos e para orientar estratégias de tratamento e cuidado personalizadas para cada paciente.

Diagnóstico de demência associada à doença de Alzheimer

O diagnóstico de transtorno neurocognitivo associado à doença de Alzheimer envolve uma avaliação abrangente baseada em sintomas observados e testes clínicos. Inicialmente, o médico realiza uma história clínica detalhada para entender os sintomas e seu impacto na vida diária do paciente. Testes cognitivos são aplicados para avaliar funções como memória, linguagem e habilidades de pensamento.

Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) de crânio, ajudam a excluir outras causas possíveis dos sintomas e a avaliar mudanças estruturais no cérebro. Biomarcadores no líquido cefalorraquidiano (LCR) , em exame de sangue ou imagens de PET-CT cerebral com marcador beta-amilóide podem ser utilizados para detecção de anormalidades associadas a placas de beta-amilóide e emaranhados neurofibrilares.

O diagnóstico diferencial é essencial para distinguir a doença de Alzheimer de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes, como depressão ou déficits vitamínicos. Uma equipe multidisciplinar, incluindo neurologistas, psiquiatras e neuropsicólogos, muitas vezes colabora para obter um diagnóstico preciso.

Um diagnóstico precoce é fundamental para iniciar intervenções que podem ajudar a retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. Sendo assim, permite que pacientes e familiares planejem adequadamente o futuro e aproveitem ao máximo os recursos disponíveis.

Entender o processo diagnóstico da doença de Alzheimer é crucial para promover uma abordagem holística e integrativa no cuidado de pacientes, proporcionando suporte integral e personalizado ao longo da jornada da doença.

Tratamentos atuais para demência de Alzheimer

  • Medicamentos para sintomas cognitivos: Inibidores da colinesterase, como donepezila, rivastigmina e galantamina, são comumente prescritos para adiar a progressão do prejuízo de funções cognitivas, como memória, linguagem e pensamento.

Eles funcionam aumentando os níveis de acetilcolina, um neurotransmissor crucial para a comunicação entre neurônios no cérebro afetado pela doença de Alzheimer.

  • Medicamentos para sintomas comportamentais: Em casos nos quais sintomas como agitação, ansiedade, irritabilidade ou agressividade são proeminentes, podem ser utilizados antidepressivos, antipsicóticos ou estabilizadores de humor a critério médico.

Estes medicamentos ajudam a regular o humor e reduzir comportamentos disruptivos, proporcionando maior conforto ao paciente e melhorando a interação com cuidadores e familiares.

  • Terapias não farmacológicas: Terapias comportamentais focam em manter as habilidades funcionais do paciente, promovendo independência em atividades diárias.

Fisioterapia pode ajudar a manter a mobilidade e prevenir complicações decorrentes da imobilidade. A musicoterapia, por sua vez, utiliza música para estimular áreas do cérebro relacionadas à memória e emoção, oferecendo conforto e bem-estar ao paciente.

  • Abordagens baseadas em estilo de vida: Estimulação cognitiva através de jogos, quebra-cabeças e atividades que desafiam o cérebro podem ajudar a preservar funções cognitivas e retardar o declínio, mas ainda há pesquisas em andamento.

Atividades sociais regulares também são benéficas, pois promovem interações sociais que são importantes para o bem-estar emocional e mental.

  • Cuidados de apoio: Além do tratamento direto ao paciente, é essencial fornecer apoio emocional aos cuidadores e familiares, que desempenham um papel fundamental no manejo diário da doença.

Programas de suporte, como grupos de apoio e educação sobre a demência de Alzheimer, ajudam a proporcionar um ambiente de cuidado mais informado e solidário.

Aprovação de anticorpos monoclonais pela FDA

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA recentemente concedeu aprovação à infusão dos anticorpos monoclonais lecanemabe e donanemabe para o tratamento da doença de Alzheimer. Este marco representa uma nova esperança para pacientes com comprometimento cognitivo leve ou estágio inicial de demência associados à doença de Alzheimer, os grupos foco dos ensaios clínicos.

O donanemabe é administrado como uma infusão intravenosa a cada quatro semanas. A dosagem recomendada é detalhada nas informações de prescrição, com um regime inicial de 700 mg a cada 4 semanas para as primeiras três doses, seguido por 1400 mg a cada 4 semanas.

A aprovação do donanemabe pela FDA é baseada em evidências de eficácia e segurança. Em um estudo duplo-cego, controlado por placebo (Estudo 1, NCT04437511), 1736 pacientes foram randomizados para receber donanemabe ou placebo por até 72 semanas. 

Pacientes tratados com donanemabe demonstraram uma redução estatisticamente significativa no declínio clínico na Escala Integrada de Avaliação da Doença de Alzheimer (iADRS) em comparação com o placebo na Semana 76. Além disso, melhorias foram observadas na subescala cognitiva ADAS-Cog13 e na escala ADCS-iADL.

A segurança do donanemabe foi cuidadosamente avaliada. As informações do fabricante incluem um alerta para anormalidades de imagem relacionadas à amilóide (ARIA), que pode se apresentar como edema (inchaço) temporário no cérebro ou pequenos pontos de sangramento. Pacientes homozigotos do gene ApoE ε4 têm maior incidência de ARIA, sugerindo a necessidade de teste genético antes do início do tratamento.

Além disso, há risco de reações relacionadas à infusão, como sintomas semelhantes a gripe, náuseas, vômitos e alterações na pressão arterial. Reações de hipersensibilidade, incluindo anafilaxia e angioedema, também foram reportadas. Os efeitos colaterais mais comuns foram ARIA e dor de cabeça.

A FDA concedeu ao donanemabe designações de “Fast Track", "Priority Review" e "Breakthrough Therapy", refletindo a urgência e a promessa desse tratamento inovador na luta contra a doença de Alzheimer.

Administração e dosagem do donanemabe

O donanemabe é administrado por infusão intravenosa a cada quatro semanas, conforme detalhado nas informações do fabricante para garantir sua eficácia e segurança.

Os pacientes inicialmente recebem 700 mg nas primeiras três doses, seguidos por 1400 mg a cada quatro semanas. Este protocolo foi estabelecido com base em estudos clínicos rigorosos que avaliaram a resposta dos pacientes e sua tolerância ao medicamento.

É fundamental que os pacientes sigam rigorosamente o cronograma de dosagem recomendado e realizem as infusões sob supervisão médica para monitorar possíveis reações adversas e ajustar o tratamento conforme necessário.

Cuidados e manejo da doença

Cuidar de alguém com demência de Alzheimer requer uma abordagem holística e integrativa para garantir conforto e qualidade de vida. Isso inclui:

  • Ambiente seguro: Modificar a casa pode incluir a instalação de corrimãos, barras de apoio no banheiro e iluminação adequada para reduzir o risco de quedas. Remover objetos desnecessários ou potencialmente confusos ajuda a manter o ambiente claro e organizado.
  • Rotina estruturada: Estabelecer horários fixos para refeições, atividades e descanso ajuda a reduzir a ansiedade do paciente, proporcionando previsibilidade. Isso também pode incluir horários para medicação e atividades de lazer.
  • Comunicação clara: Utilizar linguagem simples e direta, com frases curtas e pausas para permitir que o paciente processe informações. Evitar conversas complexas ou ambíguas ajuda a minimizar a frustração e a confusão.
  • Estímulo cognitivo: Atividades como quebra-cabeças, jogos de memória e leitura podem ajudar a manter as habilidades cognitivas. Música e arte também são formas eficazes de estimular o cérebro e promover o bem-estar emocional.
  • Nutrição adequada: Uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, é fundamental. Incentivar a hidratação regular também é importante para a saúde geral e o funcionamento cognitivo.
  • Suporte emocional: Tanto o paciente quanto os cuidadores podem se beneficiar de grupos de apoio, onde compartilham experiências e aprendem estratégias de enfrentamento. Educação sobre a doença ajuda a reduzir o estigma e a aumentar o entendimento sobre os desafios enfrentados.
  • Monitoramento médico: Consultas regulares com profissionais de saúde permitem ajustes no tratamento conforme necessário. Avaliações periódicas ajudam a monitorar a progressão da doença e a adaptar o plano de cuidados de acordo.

Implementar essas práticas não apenas melhora a qualidade de vida do paciente com demência de Alzheimer, mas também apoia os cuidadores, proporcionando-lhes recursos e estratégias para enfrentar os desafios diários da doença.

Impacto social e econômico da demência de Alzheimer

O impacto da demência de Alzheimer na sociedade abrange diversas áreas cruciais:

O impacto social da doença é profundo, afetando não apenas os pacientes, mas também suas famílias. Cuidadores enfrentam desafios emocionais e físicos significativos, muitas vezes resultando em isolamento social e estresse emocional. A progressiva necessidade de cuidados intensos pode impactar negativamente a dinâmica familiar e a qualidade de vida de todos os envolvidos.

Em termos econômicos, a demência de Alzheimer gera custos substanciais. Os gastos diretos com cuidados médicos e os indiretos, como perda de produtividade no trabalho e necessidade de cuidadores, representam um fardo significativo para os sistemas de saúde e economias individuais. Esses custos tendem a aumentar à medida que a doença progride e mais cuidados especializados são necessários.

No âmbito educativo, a conscientização sobre a demência de Alzheimer é essencial. A falta de entendimento sobre a doença pode levar a estigmas sociais e dificultar o acesso a recursos adequados. A educação da população sobre os sintomas, cuidados e suporte disponível é crucial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e cuidadores.

Investimentos em pesquisa são fundamentais para avançar no entendimento da demência de Alzheimer e desenvolver tratamentos eficazes. Avanços científicos podem não apenas retardar a progressão da doença, mas também melhorar a qualidade de vida dos afetados e reduzir os custos associados ao seu manejo.

Em um nível político, políticas públicas voltadas para apoiar cuidadores, promover acesso a serviços de saúde e incentivar a pesquisa são indispensáveis. A implementação de políticas que reconheçam e respondam às necessidades das pessoas com demência de Alzheimer e suas famílias é importante para mitigar o impacto da doença na sociedade.

Apoio psicológico e emocional

O apoio psicológico e emocional desempenha um papel crucial na jornada de pacientes e familiares enfrentando a demência de Alzheimer:

É fundamental proporcionar um espaço seguro para que pacientes e familiares possam expressar emoções complexas como tristeza, frustração e ansiedade. Isso não apenas alivia o estresse emocional, mas também fortalece o bem-estar geral.

Os grupos de apoio desempenham um papel valioso, pois oferecem uma comunidade de indivíduos que compartilham experiências semelhantes. Esses grupos permitem que pessoas em situações semelhantes se conectem, compartilhem informações e ofereçam apoio mútuo, proporcionando um senso de companheirismo e compreensão.

A psicoterapia individual é uma ferramenta essencial que oferece não apenas um espaço seguro para explorar emoções, mas também estratégias práticas para lidar com o impacto emocional da doença. Os pacientes e cuidadores podem aprender técnicas para enfrentar desafios específicos e desenvolver habilidades de enfrentamento eficazes.

Educar familiares e cuidadores sobre as mudanças comportamentais e cognitivas associadas à demência de Alzheimer é crucial. Isso não só melhora a compreensão das dificuldades enfrentadas pelo paciente, mas também equipa os cuidadores com conhecimentos práticos para lidar com situações desafiadoras de maneira mais eficaz e empática.

Oferecer suporte contínuo aos cuidadores é essencial para ajudá-los a manter um equilíbrio saudável entre cuidar de si mesmos e cuidar do paciente. Isso pode incluir acesso a orientação sobre cuidados pessoais e monitoramento do bem-estar emocional dos cuidadores.

Esse suporte integral não apenas beneficia diretamente os pacientes e cuidadores, mas também contribui para uma qualidade de vida melhor e mais sustentável ao longo do curso da doença.

Pesquisa e avanços futuros

A pesquisa sobre doença de Alzheimer está na vanguarda da medicina atual, concentrando-se em diversas áreas essenciais que podem revolucionar o tratamento e manejo da doença.

Novos medicamentos estão sendo rigorosamente estudados para modificar a progressão da doença de Alzheimer, visando destruir proteínas anômalas e evitar a progressão de placas de beta-amilóide no cérebro afetado.

Avanços significativos em tecnologias de imagem, como PET e ressonância magnética funcional, estão possibilitando uma visualização mais detalhada e precisa das mudanças estruturais e funcionais no cérebro de pacientes com Alzheimer. Essas tecnologias são fundamentais para o suporte diagnóstico precoce e acompanhamento da progressão da doença.

Novas pesquisas têm demonstrado que testes diagnósticos mais sensíveis e específicos, tais como PET-CT cerebral com marcador beta-amilóide e biomarcadores no líquido cefalorraquidiano (LCR) ou no sangue, podem proporcionar maior precisão do diagnóstico da doença.

Estudos genéticos continuam a identificar variantes genéticas que aumentam o risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer, permitindo estratégias de intervenção personalizadas e a identificação precoce de indivíduos em maior risco.

Além dos tratamentos farmacológicos em desenvolvimento, a pesquisa está explorando intervenções não farmacêuticas, como alimentação saudável, suplementos, exercícios físicos e programas de estimulação cognitiva. Essas abordagens têm mostrado potencial para retardar o declínio cognitivo e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

O financiamento global para pesquisa em doença de Alzheimer está em ascensão, incentivando colaborações multidisciplinares entre acadêmicos, indústria farmacêutica e organizações sem fins lucrativos. Essa cooperação é essencial para acelerar descobertas e traduzir pesquisas básicas em avanços clínicos significativos.

O futuro da pesquisa promete terapias mais eficazes e personalizadas, diagnósticos mais precisos e estratégias de prevenção mais robustas. Esses avanços não apenas têm o potencial de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas também de aliviar o ônus sobre cuidadores e sistemas de saúde, oferecendo esperança significativa para aqueles afetados por esta doença devastadora.

Avanços no tratamento da demência na doença de Alzheimer com o Dr. Petrus Raulino

Compreender a demência na doença de Alzheimer não é apenas essencial para aqueles que enfrentam a doença, mas para toda a sociedade. Esta condição neurodegenerativa não só impacta profundamente os indivíduos afetados e seus familiares, mas também representa um desafio significativo para os sistemas de saúde em todo o mundo.

Ao longo deste blog, exploramos desde a definição e história da demência na doença de Alzheimer até os últimos avanços em pesquisa e tratamento.

É importante reconhecer a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento adequado, além de explorar as diversas opções terapêuticas disponíveis, tanto farmacológicas quanto não farmacológicas.

A pesquisa contínua e o desenvolvimento de novas terapias oferecem esperança para o futuro, promovendo uma melhor qualidade de vida para pacientes e suas famílias.

Para aqueles que buscam um tratamento eficaz e personalizado, marcar uma consulta com o Dr. Petrus Raulino pode ser o primeiro passo rumo a uma vida melhor.

Como médico especializado em psiquiatria, seu enfoque baseado em evidências científicas e centrado no paciente combina conhecimentos avançados de neurobiologia com um cuidado compassivo, priorizando não apenas o bem-estar emocional, mas também o monitoramento dos fatores biológicos orgânicos que influenciam no tratamento.

Continue se informando sobre condições de saúde relacionadas à psicofarmacologia no Blog do Dr. Petrus Raulino e esteja sempre atualizado sobre as melhores práticas para lidar com a demência na doença de Alzheimer e outras doenças neuropsiquiátricas.


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Psiquiatria moderna: um novo olhar para a saúde mental

Bem-vindos à era da psiquiatria moderna. Aqui, oferecemos uma visão atualizada sobre essa importante área da medicina. Exploramos a evolução da psiquiatria, destacando seu papel crucial na sociedade de hoje. 

Além disso, abordamos as abordagens e tratamentos contemporâneos, dando um olhar especial às terapias farmacológicas e cognitivo-comportamentais. 

Finalmente, vislumbramos o futuro da psiquiatria, enfocando novas pesquisas, tratamentos emergentes e a crescente conexão com a tecnologia. 

Junte-se a nós nesta jornada informativa e interessante acerca das novas abordagens psiquiátricas.

Entendendo a psiquiatria moderna

A psiquiatria moderna é um campo dinâmico e em constante evolução, uma vez que ela se concentra no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças mentais e distúrbios emocionais. 

A abordagem é holística e integrativa, considerando o paciente em sua totalidade – mente, corpo e ambiente.

Definição e evolução da psiquiatria

A psiquiatria é a área da medicina que estuda e trata doenças mentais e emocionais. Desde suas origens, evoluiu significativamente. No passado, o foco era principalmente nos sintomas visíveis e comportamentos anormais. Hoje, a abordagem é mais abrangente.

A psiquiatria moderna busca entender a complexidade da mente humana e o impacto de fatores biológicos, psicológicos e sociais na saúde mental. Além disso, os avanços na neurociência e na tecnologia proporcionaram um conhecimento mais profundo do cérebro e das doenças mentais.

Isso permitiu o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e personalizados, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

psiquiatria moderna cérebro ilustrativo

O papel do psiquiatra na sociedade atual

O psiquiatra desempenha um papel crucial na sociedade atual. Ele é responsável por diagnosticar, tratar e prevenir transtornos mentais e emocionais, tão comuns em nossa sociedade. Afinal, não à toa, a ansiedade e a depressão foram classificadas como “mal do século”.

Além disso, contribui para a promoção da saúde mental e para a redução do estigma associado às doenças mentais.

Importância do trabalho do psiquiatra

Sem dúvida, o trabalho do psiquiatra é fundamental para a saúde da população. Através do diagnóstico preciso e do tratamento adequado, ele ajuda os pacientes a gerenciar seus sintomas, melhorar sua qualidade de vida e retomar suas atividades diárias. 

Ademais, o psiquiatra desempenha um papel importante na educação da sociedade sobre saúde mental, ajudando a desmistificar mitos e preconceitos.

Desafios e conquistas na prática psiquiátrica

A prática psiquiátrica enfrenta vários desafios, como o desconhecimento da população, o estigma e a complexidade dos transtornos mentais. 

No entanto, também houve muitas conquistas. Os avanços na pesquisa e na tecnologia permitiram o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes. 

Por fim, a crescente conscientização sobre a importância da saúde mental tem levado a uma maior aceitação e apoio aos pacientes.

Abordagens e tratamentos na psiquiatria moderna

Na psiquiatria moderna, a abordagem de tratamento é multifacetada e personalizada para cada indivíduo. Os profissionais desta área utilizam uma combinação de intervenções farmacológicas e psicoterapêuticas. 

A escolha do tratamento é baseada na natureza e na gravidade do transtorno mental, nas preferências do paciente, e na resposta ao tratamento anterior. 

Esta abordagem integrada permite o manejo eficaz dos sintomas, a melhoria da qualidade de vida e a prevenção de recaídas.

Terapias farmacológicas atuais

Para os casos indicados, as terapias farmacológicas são um componente central do tratamento psiquiátrico. Elas envolvem o uso de medicamentos para tratar os sintomas de transtornos mentais. 

Os medicamentos psiquiátricos têm evoluído continuamente, com novos medicamentos sendo desenvolvidos para oferecer melhores resultados e menos efeitos colaterais. 

Eles são prescritos com base na condição específica do paciente e podem ser usados em combinação com outras formas de tratamento.

Terapias Cognitivo-Comportamentais

As terapias cognitivo-comportamentais são uma forma eficaz de tratamento psiquiátrico. Elas se concentram na mudança de padrões de pensamento e comportamento negativos que podem contribuir para transtornos mentais. 

Estas terapias ajudam os pacientes a desenvolver habilidades de enfrentamento e a melhorar sua qualidade de vida. Elas podem ser usadas em conjunto com terapias farmacológicas para proporcionar um tratamento mais abrangente.

Lembrando que outras linhas de tratamento também podem ser tão eficazes quanto, tudo irá depender da resposta individual do paciente ao tratamento. Dentre as opções, temos as linhas junguiana, psicanalítica e humanista, e cada uma se encaixa melhor para cada perfil e cada situação.

O Futuro da psiquiatria

O futuro da psiquiatria é promissor e cheio de possibilidades. Com o avanço das pesquisas, novos tratamentos emergem e a conexão entre psiquiatria e tecnologia está em constante crescimento.

médicos fazendo exames na psiquiatria moderna

Novas pesquisas e tratamentos emergentes

As pesquisas na área da psiquiatria estão sempre evoluindo, trazendo novas descobertas e tratamentos emergentes. Estudos recentes têm explorado a genética, a neurobiologia e a psicofarmacologia, proporcionando uma melhor compreensão dos transtornos mentais.

Podemos citar, por exemplo, as técnicas de neuroestimulação, que são especialmente eficazes contra transtornos refratários (como a depressão refratária). 

No cenário das terapias que já ultrapassaram a fase experimental, temos a EMTr (Estimulação Magnética Transcraniana de repetição), uma técnica de estímulo magnético; e a ECT (Eletroconvulsoterapia), uma técnica de estímulo elétrico, ambas realizadas de modo humanizado.

Quanto à psicofarmacologia, dentre os novos psicofármacos há um antidepressivo de ação rápida anti-glutamatérgico (anti-receptor NMDA): a Escetamina. Essas soluções, quando utilizadas no tratamento de casos indicados, andam revolucionando o quadro de vários pacientes.

Além disso, futuramente, essas descobertas têm o potencial de levar a tratamentos mais eficazes e personalizados, oferecendo esperança para pacientes que não responderam a abordagens de tratamento tradicionais.

A importância da psiquiatria moderna na saúde mental

Como você pode ver, a psiquiatria moderna oferece abordagens de tratamento eficazes e personalizadas, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. 

Além disso, ela está na vanguarda da pesquisa e da inovação, com novos tratamentos emergentes e a incorporação da tecnologia na prática clínica. Isso aumenta a acessibilidade e a eficácia do tratamento, transformando a maneira como a saúde mental é abordada.

Nesse sentido, o Dr. Petrus se destaca como psiquiatra com métodos modernos. Portanto, entre em contato e faça o seu agendamento.

E se você gostou deste conteúdo e quer saber mais sobre psiquiatria moderna, continue acessando nosso blog.


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Psicofarmacologia: entenda sobre

Psicofarmacologia é uma disciplina que explora o uso de fármacos para o tratamento de transtornos mentais. Esta ciência busca desvendar como os medicamentos psicotrópicos atuam no cérebro, influenciando o comportamento e as emoções. 

Neste guia, mergulharemos em tópicos essenciais da psicofarmacologia, abordando desde a definição até a relevância desses medicamentos no tratamento de transtornos mentais. 

Além disso, discutiremos como a psicofarmacologia se integra ao nosso dia a dia e seus benefícios quando utilizada devidamente. Preparado para embarcar nessa jornada de conhecimento?

O que é Psicofarmacologia

Psicofarmacologia é a ciência que estuda a influência dos medicamentos sobre o comportamento e as funções mentais. Em outras palavras, ela se dedica a entender como substâncias químicas interagem com o sistema nervoso. 

Esta área abrange o estudo de medicamentos psicotrópicos, que são usados no tratamento de uma variedade de transtornos mentais. Esses medicamentos podem alterar a química cerebral e, por consequência, o comportamento e o estado emocional.

Importância da Psicofarmacologia

A psicofarmacologia desempenha um papel crucial na saúde mental. Ela permite aos médicos psiquiatras, como o Dr. Petrus, prescreverem medicamentos adequados para tratar condições específicas. 

Esses medicamentos, quando usados corretamente, podem ajudar a controlar sintomas, melhorar a qualidade de vida e facilitar a recuperação. 

Além disso, a psicofarmacologia ajuda a entender melhor as bases biológicas dos transtornos mentais, contribuindo para o desenvolvimento de novos tratamentos.

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Entendendo os medicamentos psicotrópicos

Medicamentos psicotrópicos são substâncias que atuam no sistema nervoso central, alterando a atividade cerebral. Eles são utilizados para tratar uma série de transtornos mentais, desde depressão e ansiedade até esquizofrenia e transtorno bipolar.

Tipos de medicamentos psicotrópicos

Existem diversos tipos de medicamentos psicotrópicos, cada um com um propósito específico:

  • Por exemplo, psiquiatras usam antidepressivos para tratar depressão e alguns transtornos de ansiedade;
  • Utilizam antipsicóticos no tratamento de condições como esquizofrenia e transtorno bipolar;
  • Para aliviar a ansiedade e promover o sono, psiquiatras recorrem a ansiolíticos, como os benzodiazepínicos;
  • Finalmente, profissionais usam psicoestimulantes para tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Como os medicamentos psicotrópicos funcionam

Os medicamentos psicotrópicos funcionam alterando a química do cérebro. Eles podem aumentar ou diminuir a produção de certos neurotransmissores, substâncias químicas que transmitem mensagens entre as células nervosas. 

Por exemplo, antidepressivos podem aumentar os níveis de serotonina, um neurotransmissor que contribui com mecanismos que levam à melhora do humor. 

É importante lembrar que o uso desses medicamentos deve ser sempre acompanhado por um psiquiatra qualificado, como o Dr. Petrus.

Psicofarmacologia e saúde mental

A psicofarmacologia é uma ferramenta essencial na saúde mental de casos selecionados. Ela fornece os meios para tratar efetivamente uma variedade de transtornos, alterando a química cerebral para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Tratamento de transtornos mentais

Os medicamentos psicotrópicos são usados para tratar uma ampla gama de transtornos mentais. O uso adequado desses medicamentos, sob a orientação de um médico psiquiatra, pode levar a melhorias significativas nos sintomas e na qualidade de vida dos casos selecionados.

Benefícios e riscos dos medicamentos psicotrópicos

Os medicamentos psicotrópicos têm muitos benefícios, incluindo a redução de sintomas, a melhora do funcionamento diário e a prevenção de recaídas. No entanto, como qualquer medicamento, eles também têm riscos. 

Os efeitos colaterais podem variar de leves a graves e podem incluir sonolência, ganho de peso e efeitos adversos mais sérios. 

Por isso, é crucial que um médico psiquiatra, como o Dr. Petrus, monitore de perto o uso desses medicamentos para garantir que os benefícios superem quaisquer riscos potenciais.

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Psicofarmacologia no dia a dia

A psicofarmacologia desempenha um papel significativo no cotidiano de muitas pessoas. Medicamentos psicotrópicos, quando usados corretamente, podem melhorar a capacidade de uma pessoa de funcionar e participar de atividades diárias.

Como a psicofarmacologia afeta a vida diária

Os medicamentos psicotrópicos podem ter um impacto direto na vida diária. Eles podem melhorar a concentração, reduzir a ansiedade, melhorar o humor e auxiliar no sono. 

Para alguém com depressão, por exemplo, um antidepressivo pode ajudar a restaurar a capacidade de se envolver em atividades que antes eram prazerosas. Para alguém com TDAH, um psicoestimulante pode melhorar a capacidade de se concentrar e concluir tarefas.

A importância da adesão ao tratamento

Manter a adesão ao tratamento é fundamental para maximizar os benefícios dos medicamentos psicotrópicos. Isso significa tomar o medicamento conforme prescrito pelo profissional de saúde mental, mesmo que os sintomas tenham melhorado. 

Semelhantemente, interromper o tratamento prematuramente ou tomar o medicamento de forma inconsistente pode levar a uma recaída dos sintomas ou a efeitos colaterais indesejados. 

A adesão ao tratamento também envolve reavaliações regulares em consulta com o psiquiatra para tratar de preocupações ou efeitos colaterais, permitindo ajustes no tratamento conforme necessário.

Fechamento: a importância da Psicofarmacologia no dia a dia

A psicofarmacologia tem um papel fundamental na melhoria da saúde mental de muitas pessoas. Os medicamentos psicotrópicos, quando usados corretamente e sob supervisão médica, podem trazer alívio significativo dos sintomas e permitir um funcionamento diário mais eficaz. 

A adesão ao tratamento é crucial para garantir o sucesso a longo prazo. Se você encontrou valor neste conteúdo e deseja saber mais, continue acompanhando nosso blog

Caso precise de uma consulta médica sobre saúde mental e psicofarmacologia, não hesite em buscar atendimento com um médico a que tenha acesso.

Se preferir, entre em contato para reservar seu horário com o Dr. Petrus. Ele estará à disposição para ajudar você a navegar por essas questões complexas e buscar o caminho para uma melhor saúde mental.


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Psiquiatras renomados no Brasil: médicos que cuidam da mente

Psiquiatras renomados no Brasil são a ponte para uma saúde mental de qualidade. Mas, antes de falarmos sobre isso, é importante definir o conceito de psiquiatria.

A Psiquiatria é a especialidade médica que se dedica ao estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças mentais. Ela é fundamental para ajudar as pessoas a lidarem com questões como ansiedade, depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, entre outros. 

Através de uma abordagem holística e integrativa, a psiquiatria pode proporcionar aos pacientes as ferramentas necessárias para viverem vidas mais saudáveis e satisfatórias. 

No entanto, a qualidade deste cuidado depende em grande parte da experiência e conhecimento do profissional escolhido. Por isso, médicos psiquiatras renomados no Brasil, com sua vasta expertise, são essenciais para garantir um cuidado de alto padrão. 

Neste artigo, vamos enfatizar a importância do cuidado psiquiátrico de alto padrão, destacar alguns dos psiquiatras mais conceituados do Brasil e discutir por que escolher um profissional de alto padrão pode fazer toda a diferença na sua jornada de saúde mental.

A importância de um cuidado psiquiátrico de alto padrão

Um cuidado psiquiátrico de alto padrão é crucial para a saúde mental. Ele não só auxilia no diagnóstico e tratamento de condições psiquiátricas, mas também na prevenção. 

Psiquiatras renomados no Brasil têm a expertise e o conhecimento necessários para fornecer esse nível de cuidado. Eles utilizam as mais recentes técnicas e tratamentos, baseados em pesquisas científicas e constantes atualizações, para melhor atender às necessidades de seus pacientes.

O papel crucial do psiquiatra na saúde mental 

Psiquiatras desempenham um papel vital na promoção da saúde mental. Eles são médicos treinados para entender a complexidade das doenças mentais. 

Em outras palavras, psiquiatras renomados no Brasil têm a capacidade de avaliar tanto os aspectos físicos quanto mentais da saúde do paciente. 

Eles podem diagnosticar e tratar uma variedade de condições, desde transtornos de humor e ansiedade até transtornos com características psicóticas.

O impacto do cuidado psiquiátrico de qualidade na vida dos pacientes

O cuidado psiquiátrico de qualidade possui um impacto significativo na vida dos pacientes. Ele pode ajudar a aliviar os sintomas, melhorar o funcionamento diário e aumentar significativamente a qualidade de vida. 

Psiquiatras renomados no Brasil são capazes de fornecer um plano de tratamento personalizado, que pode incluir medicação, terapia ou uma combinação de ambos. Com o tratamento adequado, os pacientes podem viver vidas mais produtivas e se sentir melhor consigo mesmos.

Incentivando o cuidado de alto padrão: médicos psiquiatras renomados no Brasil

Se você está em busca de cuidados psiquiátricos de alto padrão em São Paulo, é fundamental escolher profissionais que são referência em excelência e renome na área. 

Nesse contexto, destacam-se alguns dos mais prestigiados psiquiatras, cuja expertise e experiência são reconhecidas por instituições de renome:

  • Dr. Petrus Raulino – Médico psiquiatra com graduação e residência médica pela UNICAMP | Médico psiquiatra do corpo clínico do Hospital Vera Cruz Campinas e do Hospital São Luiz Rede D’Or Campinas | Atende em seu consultório particular - Rua Avelino Silveira Franco, 149, sala 451, Sousas, Campinas.
  • Dr. Ronaldo Laranjeira – Médico psiquiatra da UNIFESP - Alameda Canuri, 97, Planalto Paulista, São Paulo.
  • Dr. Arthur Guerra – Médico psiquiatra da Faculdade de Medicina do ABC e FMUSP - Rua do Rocio, 423, Vila Olímpia, São Paulo.
  • Dr. Valentim Gentil – Médico psiquiatra da FMUSP - Rua Ovídio Pires dos Santos, s/n, Pinheiros, São Paulo.
  • Dr. Wagner Gattaz – Médico psiquiatra da FMUSP - Rua Dr. Eduardo de Souza Aranha, 99, Vila Nova Conceição, São Paulo.
  • Dr. Alfredo Maluf Neto – Médico psiquiatra do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein – Avenida Albert Einstein, 627/701, Morumbi, São Paulo.
  • Dr. Rubens Pitliuk – Médico psiquiatra do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein – Rua Japiaçóia, 145, Alto de Pinheiros, São Paulo.
  • Dr. Táki Cordás – Médico psiquiatra da FMUSP - Rua Capote Valente, 432, Pinheiros, São Paulo.
  • Dr. Rodrigo Bressan – Médico psiquiatra da UNIFESP - Rua Antônio Felício, 85, Itaim Bibi, São Paulo.
  • Dr.ª Doris Moreno – Médica psiquiatra da FMUSP - Rua Capote Valente, 432, Pinheiros, São Paulo.
  • Dr. Ricardo Moreno – Médico psiquiatra da FMUSP - Rua Capote Valente, 432, Pinheiros, São Paulo.

Por que escolher entre psiquiatras renomados no Brasil

Escolher um psiquiatra de alto padrão é um investimento valioso na sua saúde mental. Afinal, psiquiatras renomados no Brasil têm a experiência e o conhecimento necessários para fornecer o melhor cuidado possível. 

Eles estão atualizados com as mais recentes pesquisas e tratamentos em psiquiatria, garantindo que você receba o tratamento mais eficaz disponível.

A experiência conta: a vantagem de um psiquiatra renomado 

A experiência de um psiquiatra renomado pode fazer uma grande diferença no seu tratamento. Eles têm anos de prática e formação, permitindo-lhes identificar e tratar uma ampla gama de condições psiquiátricas. 

Além disso, eles estão familiarizados com as nuances do diagnóstico e tratamento, o que pode levar a resultados mais eficazes.

Investindo em saúde mental: o valor de um atendimento excepcional

Investir em um atendimento psiquiátrico excepcional é investir em sua saúde mental e bem-estar geral. Com um psiquiatra renomado, você tem acesso a um cuidado de alta qualidade que é personalizado para suas necessidades específicas. 

Ou seja, este nível de atendimento pode ajudar a melhorar a sua qualidade de vida, permitindo-lhe viver a vida mais plenamente.

Experimente um cuidado de alto padrão em Campinas

Para buscar os meios que aumentam as chances de resultados mais visíveis e rápidos, um atendimento psiquiátrico de excelência é fundamental. Invista em sua saúde mental e bem-estar com o Dr. Petrus, um profissional altamente qualificado em Campinas. 

Por isso, não adie mais o cuidado que você merece. Afinal, só existe um de você neste mundo, e chegou a hora de investir em você. Então, entre em contato hoje mesmo e dê o primeiro passo em direção a uma vida mais saudável e equilibrada.

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Setembro Amarelo: agir salva vidas

Setembro Amarelo: Agir salva vidas

Por Dr. Petrus Raulino

Close-up Dr. Petrus Raulino

Setembro Amarelo em 2021

Setembro Amarelo é conhecido como o “Mês de Conscientização para Prevenção ao Suicídio” e o tema definido para campanha deste ano é “Agir salva vidas”.

Mais do que falar, é fundamental tomar atitudes efetivas para evitarmos os casos.

Cuidar da saúde mental, reconhecer sintomas e buscar tratamento são ações que fazem toda a diferença.

Em 2021, especificamente, a campanha chega em um contexto singular, pois já são quase dois anos de pandemia da COVID-19.

E um corpo substancial de evidências científicas tem demonstrado que a solidão e o isolamento social elevam o risco de mortalidade prematura de modo comparável ??a outros fatores de risco, como hipertensão, tabagismo e obesidade, por exemplo.

O impacto da pandemia na saúde mental

Com o isolamento, a saúde mental da população tornou-se mais fragilizada. Tivemos muitas vidas perdidas e um aumento da incerteza econômica. Com isso, observamos cada vez mais relatos de ansiedade, depressão, Síndrome de Burnout e tantos outros transtornos mentais.

Durante a pandemia, o potencial para deterioração da saúde mental ou recorrência de sintomas psiquiátricos graves tornou-se elevado.  Portanto, o enfoque nas necessidades das pessoas com transtornos mentais, ou cuja saúde mental é vulnerável, passou a ser primordial para salvar vidas.

A prevenção ao suicídio na “Era Covid” requer a abordagem não somente de fatores de risco acentuados pelos desdobramentos sociais, econômicos, e até mesmo de luto oriundos do pior surto viral em 100 anos, mas também de elementos já presentes sem a pandemia, dentre os quais os transtornos mentais.

Dezenas de estudos usando métodos de autópsia psicológica demonstraram que mais de 90% dos casos de suicídio estão associados a complicações mentais. Por isso, um dos fatores mais importantes para um efetivo resguardo de vidas é o tratamento.

Portanto, este é mais um momento da história em que a prevenção ao suicídio deve ser priorizada como um grave problema de saúde pública. A identificação e o tratamento dos transtornos mentais pelo médico psiquiatra estão entre os principais fatores de inibição de casos. Juntamente com o acompanhamento psicológico, o tratamento psiquiátrico ajuda a salvar vidas.

Sobre o Vera Cruz Hospital

Em 77 anos de existência, o Hospital Vera Cruz é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar.

O Vera Cruz dispõe de 167 leitos distribuídos em diferentes unidades de internação, em acomodação individual (apartamento) ou coletiva (dois leitos), UTIs e maternidade.

A Instituição conta também com setores de Quimioterapia, Hemodinâmica, Câmara Hiperbárica Monoplace, Radiologia (incluindo tomografia, ressonância magnética, densitometria óssea, ultrassonografia e raio-x), e laboratório com o selo de qualidade Fleury Medicina e Saúde. Em outubro de 2017, a Hospital Care tornou-se parceira do Vera Cruz.

Em quase quatro anos, a aliança registra importantes avanços na prestação de serviços gerados por investimentos em inovação e tecnologia.

Em médio prazo, o grupo prevê expansão no atendimento com a criação de dois novos prédios erguidos na frente e ao lado do hospital principal, totalizando 17 mil m² de áreas construídas a mais.

Há 30 anos, o Vera Cruz inaugurou e mantém a Fundação Roberto Rocha Brito, referência em treinamentos e cursos de saúde na Região Metropolitana de Campinas, tanto para profissionais do setor, quanto para leigos, e é uma unidade credenciada da American Heart Association.

Referências

1. Associação Brasileira de Psiquiatria e Conselho Federal de Medicina. (2014). Suicídio: Informando para prevenir. Brasília.
2. Associação Brasileira de Psiquiatria (2021). Setembro Amarelo: AGIR SALVA VIDAS! Acesso em: <https://www.abp.org.br/post/setembro-amarelo-agir-salva-vidas>.
3. Moutier, C. (2021). Suicide prevention in the COVID-19 era: transforming threat into opportunity. JAMA psychiatry, 78(4), 433-438.

(*) Dr. Petrus Raulino é coordenador do Serviço de Interconsulta Psiquiátrica do Vera Cruz Hospital
(Foto: Dr. Petrus Raulino / Crédito: Divulgação)

Publicado em
radarc.com.br/setembro-amarelo-agir-salva-vidas/
portalhospitaisbrasil.com.br/artigo-setembro-amarelo-agir-salva-vidas/
jornalacoplan.com.br/2021/09/22/setembro-amarelo-agir-salva-vidas/

Gravidade clínica e metabolismo do cálcio no Transtorno Bipolar

Gravidade clínica e metabolismo do cálcio no Transtorno Bipolar

Por Dr. Petrus Raulino

Uma pesquisa publicada na revista Brain Science e realizada pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade de Campania, Itália, sugere que a homeostase do cálcio pode desempenhar um papel na gravidade do Transtorno Bipolar.

Níveis séricos de cálcio, vitamina D e paratormônio (PTH) podem teoricamente ser usados como marcadores de inflamação crônica e, consequentemente, de neuroinflamação.

A homeostase do cálcio está implicada em vários processos fisiológicos, como o equilíbrio da homeostase do sistema músculo-esquelético, a modulação imunológica, o sistema de defesa antioxidante e em diversos processos inflamatórios.

Já o PTH (hormônio da paratireóide) regula os níveis de cálcio circulante e intracelular no Sistema Nervoso Central. Em níveis elevados, pode induzir morte celular por sobrecarga de cálcio.

O PTH também promove a conversão da vitamina D em sua forma ativa, estando envolvido na regulação neuroprotetora e anti-inflamatória. A vitamina D modula a síntese de neurotransmissores, influenciando o humor.

Altos níveis de PTH podem estar associados a danos neurais e são associados a maior ônus e piores resultados clínicos do Transtorno Bipolar.

No estudo publicado, foram selecionados 199 pacientes com Transtorno Bipolar tipo 1 (54,8%) ou tipo 2. Nenhum paciente apresentava comorbidades neurológicas ou abuso de substâncias. Foram obtidas amostras de sangue para os exames de todos.

Resultados da pesquisa

O principal achado do estudo foi a associação entre níveis elevados de PTH e gravidade do Transtorno Bipolar, o que pode ser devido a vários fatores.

Primeiro, os níveis de PTH podem influenciar os níveis de neuroinflamação crônica, que está significativamente associada a um maior ônus da doença e uma apresentação clínica mais grave do transtorno.

Altos níveis de PTH podem levar a alterações dos neurotransmissores, desenvolvimento cerebral disfuncional, redução da imunorregulação e ações anti-inflamatórias.

Segundo, a relação entre os níveis elevados de PTH e a idade de início pode ser devido a uma deficiência crônica de vitamina D, que desencadeia o processo de neuroinflamação.

Terceiro, a associação entre comportamentos agressivos e níveis elevados de PTH pode ser explicada pelo papel do desequilíbrio do cálcio na síntese de neurotransmissores de serotonina através das vias do triptofano.

Por fim, sabe-se que 25% dos pacientes tratados com lítio podem apresentar hipercalcemia secundária a aumento dos níveis de PTH.

Conclusão

Os resultados sugerem que o desequilíbrio do cálcio pode influenciar o prognóstico de longo prazo da patologia Bipolar. Os níveis de PTH, vitamina D e cálcio nos pacientes com Transtorno Bipolar devem ser acompanhados por serem um marcador de gravidade clínica.

 

Referências

Steardo, L., Luciano, M., Sampogna, G., Carbone, E. A., Caivano, V., Di Cerbo, A., ... & Fiorillo, A. (2020). Clinical severity and calcium metabolism in patients with bipolar disorder. Brain sciences, 10(7), 417.

Milenkovic, V. M., Stanton, E. H., Nothdurfter, C., Rupprecht, R., & Wetzel, C. H. (2019). The role of chemokines in the pathophysiology of major depressive disorder. International journal of molecular sciences, 20(9), 2283.

Naifar, M., Guidara, W., Ellouze, A. S., Jmal, K., Omri, S., Messedi, M., ... & Ayadi, F. (2019). Bipolar disorder vulnerability: The vitamin D path. Canadian journal of psychiatry. Revue canadienne de psychiatrie, 65(3), 184-192.

Meehan, A. D., Udumyan, R., Kardell, M., Landén, M., Järhult, J., & Wallin, G. (2018). Lithium-associated hypercalcemia: pathophysiology, prevalence, management. World journal of surgery, 42(2), 415-424.

Altunsoy, N., Yüksel, R. N., Cingi Yirun, M., K?l?çarslan, A., & Aydemir, Ç. (2018). Exploring the relationship between vitamin D and mania: correlations between serum vitamin D levels and disease activity. Nordic journal of psychiatry, 72(3), 221-225.


Epigenética da depressão

Epigenética da depressão

Por Dr. Petrus Raulino

Sabe-se que o estresse pode desencadear a depressão. Por isso, a concepção atual sobre a etiologia da depressão leva em consideração fatores ambientais e genéticos, interagindo e modulando uns aos outros.

Nos últimos anos, tem crescido a base de evidência da epigenética como um terceiro fator plausível.

Um artigo publicado no periódico Journal of Personalized Medicine revisou estudos recentes que sugerem uma associação significativa entre epigenética e mecanismos moleculares da depressão, assim como da resposta ao tratamento.

O que é Epigenética?

Epigenética é o conjunto de modificações genéticas herdáveis que não alteram a sequência do DNA.

Modificações epigenéticas

As modificações epigenéticas não estão restritas a uma fase específica da vida. Ou seja, ocorrem desde a fecundação e continuam a acontecer durante toda a vida. Além disso, são sensíveis a mudanças ambientais.

As modificações epigenéticas podem ser divididas em: metilação do DNA, modificação pós-traducional da histona e interferência de microRNA (miRNA) ou de RNA não codificante longo (lncRNA).

As modificações epigenéticas são capazes de influenciar a gravidade da doença e o resultado da farmacoterapia.

Há marcas epigenéticas que são introduzidas durante eventos prejudiciais no início da vida, refletindo uma maior vulnerabilidade à depressão ao longo da vida do indivíduo.

Resultados do estudo

O estudo concluiu que muitas evidências sugerem fortemente que as modificações epigenéticas estão associadas à etiopatogênese da depressão, neuroplasticidade, tratamento com antidepressivos e, mais que isso, podem ser consideradas como potenciais biomarcadores da depressão.

Os dados apresentados também sugeriram que, do ponto de vista clínico, inibidores de histona desacetilase (HDACis) poderiam servir como novos agentes antidepressivos mesmo em um futuro próximo.

Além disso, embora o envolvimento da metilação do DNA, de modificações de histonas e de mudanças na expressão de miRNA tenha sido substancialmente investigado na patogênese e terapia da depressão, a pesquisa voltada para lncRNAs ainda é muito incipiente.

Portanto, estudar as interações entre lncRNAs, miRNAs e vários mRNAs alvo pode ser um caminho interessante para pesquisas futuras.

 

Referências

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COVID-19 afeta a neurobiologia do suicídio?

COVID-19 afeta a neurobiologia do suicídio?

Por Dr. Petrus Raulino

Uma revisão publicada na revista Current Psychiatry Reports analisou o efeito da COVID-19 nas características biológicas da vulnerabilidade ao suicídio e sua interação com as vias biológicas relacionadas ao suicídio.

A hipótese é que o SARS-CoV-2 interage com vários processos biológicos subjacentes ao comportamento suicida, como o sistema renina-angiotensina, receptores nicotínicos (desregulação da via anti-inflamatória colinérgica) e inflamação central e sistêmica.

Além disso, as medidas de distanciamento social também podem piorar a desconexão social objetiva (distanciamento físico) ou subjetiva (solidão), aumentando o risco principalmente em pessoas com predisposição para transtornos mentais.

Quanto ao sistema renina-angiotensina, pesquisas recentes sobre a COVID-19 demonstraram que o vírus entra nas células hospedeiras por meio da interação de sua proteína “spike” com o receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE-2), diminuindo a atividade da mesma.

Ao desequilibrar as vias metabólicas da ACE/ACE-2, a COVID-19 pode teoricamente afetar a vulnerabilidade para o suicídio em indivíduos que carregam os genótipos de “risco” da ACE.

Os pacientes em risco de suicídio podem apresentar maior suscetibilidade à desregulação do eixo hipotálamo-hipófise adrenal após a infecção por SARS-CoV-2 porque o vírus tem como alvo o ACE-2 e pode afetar o equilíbrio ACE/ACE-2 que está associado à desregulação do eixo hipotálamo-hipófise adrenal em indivíduos deprimidos.

A inflamação relacionada à COVID-19 também pode se estender ao Sistema Nervoso Central por meio da quebra da barreira hematoencefálica, neuroinvasão viral e secreção de citocinas.

Nas infecções virais, vários mecanismos podem relacionar-se a neuroinflamação: transporte axonal retrógrado do vírus da mucosa respiratória, inflamação periférica que modula a função cerebral e migração de células mononucleares transportando o vírus através da barreira hematoencefálica.

No cérebro, a infecção por SARS-CoV-2 pode teoricamente iniciar uma inflamação crônica de baixo grau que altera as funções cognitivas e induz neurotoxicidade e neurodegenaração, preparando assim o terreno para a ocorrência de transtornos psiquiátricos.

O conhecimento das interações entre a COVID-19 e a neurobiologia do suicídio pode trazer benefícios para o desenvolvimento de tratamentos de prevenção ao suicídio no contexto da pandemia.

Além disso, pode ajudar a desmistificar a busca por tratamento com médico psiquiatra e medicamentos contra a Covid.

 

Referências

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Capsulotomia por Gamma Knife para transtorno obsessivo compulsivo intratável

Capsulotomia por Gamma Knife para Transtorno Obsessivo Compulsivo intratável

Por Dr. Petrus Raulino

Em um artigo publicado na revista Molecular Psychiatry, pesquisadores revisaram a evolução da psicocirurgia (neurocirurgia em psiquiatria) para Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC).

A psicocirurgia é reservada apenas para pacientes com TOC grave, incapacitante e refratário a várias tentativas de tratamento com medicação e psicoterapia. Os critérios de indicação são bastante rigorosos.

No passado, em uma época quando o tratamento farmacológico em psiquiatria era praticamente inexistente, a primeira fase da neurocirurgia em psiquiatria foi um período caracterizado principalmente por critérios de indicação pouco claros.

Havia um desconhecimento da neurobiologia dos quadros psiquiátricos. As técnicas cirúrgicas eram inadequadas, com lesões extensas e irreversíveis que produziam grandes efeitos adversos.

Atualmente, com o avanço da tecnologia e do conhecimento científico, o tratamento dos transtornos mentais graves por meio da neurocirurgia vem ganhando força na psiquiatria.

Uma modalidade neurocirúrgica atualmente utilizada é a capsulotomia por Gamma Knife. É parecida com radioterapia, onde feixes de raios gama são focalizados em regiões específicas do cérebro de forma não invasiva, induzindo uma “lesão” extremamente precisa.

Por meio desta técnica, há a interrupção de conexões entre áreas pré-frontais (dlPFC, OFC lateral e medial, vmPFC, ACC) e substância cinzenta subcortical (estriado ventral, núcleo dorsomedial do tálamo, hipotálamo, estria terminal, ponte e cinza periaquedutal) implicadas no TOC.

O objetivo é diminuir a gravidade dos sintomas, modulando as vias neurais do TOC, mas também aumentando a eficácia das terapias farmacológicas e psicológicas que funcionam de forma sinérgica com a capsulotomia por Gamma Knife.

As possíveis complicações incluem edema do lobo frontal ou a rara formação de cistos radionecróticos tardios, que são mais frequentes com antigas técnicas de capsulotomia. Esses eventos adversos se tornaram muito menos comuns com as novas doses de radiação e estratégias de direcionamento da capsulotomia por Gamma Knife.

Este procedimento deve ser realizado em centros especializados, capazes de oferecer cuidados multidisciplinares e de longo prazo, para o paciente e seus familiares.

 

Referências

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